Luis Felipe Felipe da Silva, delegado da Polícia Federal, foi suspenso por 14 dias pela corregedoria geral da PF ao ser acusado de assediar e agredir 4 jovens na ilha do Canela, no lago de Palmas, em 2019. Na época, Silva era parte da equipe da Polícia Federal no Tocantins, mas atualmente ele trabalha na Superintendência da PF no Espírito Santo.

A Superintendência da PF no Espírito Santo ainda não informou quando a medida deve entrar em vigor. A decisão com relação ao caso foi publicada no Diário Oficial da União. O documento relata que além dos casos de assédio, o delegado teria ainda “utilizado viatura oficial, cedida pela Justiça para uso em serviço, para seu próprio transporte de ida e volta ao local de embarque de lancha particular e à Delegacia de Polícia Civil em momento posterior, aparentando, em todo tempo, estado de embriaguez”.

Segundo o relato das vítimas na época, o delegado chegou a encher uma lata com água e jogar na cabeça de uma delas. “Ele agarrou na parte debaixo do meu biquíni e puxou. Ele fez isso com a minha amiga também. Depois jogou uma latinha em mim, mas não acertou. Daí ele encheu a lata de água e acertou na cabeça da minha amiga”.

Ainda de acordo com elas, o homem fazia ameaças. “Eu estava com muito medo porque ele estava transtornado. Falava que era delegado federal e que ninguém poderia detê-lo”. Após a confusão na lancha, Luis Felipe Felipe da Silva teria ainda ido até a delegacia onde as mulheres registravam boletim de ocorrência sobre o caso. “Meu rosto ficou sangrando e ele não se importou pelo fato de eu estar ferida. Fomos direto para a delegacia de flagrante e ele foi atrás da gente. Chegou até a cair no chão de tão alcoolizado que estava”.

Na época, a Polícia Civil abriu uma investigação sobre o caso. A Secretaria de Segurança Pública informou que o inquérito foi conduzido pela 1ª Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (1ª DEAM) de Palmas. O inquérito foi finalizado e remetido ao Poder Judiciário.