O presidente do Instituto Prosperar, Iuri Vieira Aguiar, ganhou na Justiça o direito de responder ao processo da operação ONGs de Papel em liberdade. Ele é apontado pela Polícia Civil como chefe de uma quadrilha que desviava dinheiro de emendas parlamentares através das instituições sem fins lucrativos,
Aguiar foi preso no dia 1ª de julho e continuava detido porque testemunhas disseram que foram ameaçadas a mando dele. A desembargadora Etelvina Maria Sampaio, que é relatora do caso no Tribunal de Justiça, entendeu que não há nenhuma prova de que as ameaças tenham sido feitas ou que tenham partido de Iuri Vieira.
Na sentença ela escreveu que a testemunha “não apresentou qualquer evidência da veracidade de suas declarações, a própria autoridade policial não diligenciou para arrecadar elementos que dessem amparo às suas conclusões”.
Ela determinou que Iuri Vieira pode aguardar o julgamento do caso em liberdade e que ele deve ser monitorado eletronicamente até lá. Entre as condições para que ele seja solto, está a de não atuar na administração das empresas investigadas.
O caso
De acordo com a Polícia Civil, o IPROS recebia dinheiro do governo do estado para realizar ações relacionados a arte e a cultura. No momento em que as licitações para os eventos eram realizadas, os processos eram direcionados para que empresas de pessoas ligadas ao grupo vencessem as concorrências.
Em alguns casos, até a empresa de um dos diretores do IPROS teria sido selecionada. Para os investigadores, o esquema desviou pelo menos R$ 29 milhões.
Fonte: G1 Tocantins