Acusado saiu com os pés ensanguetados após cometer o crime – Foto – TV Anhanguera

Lucas Eurilio

Hanilton Bosso Araújo, acusado de assassinar a sangue frio o médico Ricardo Maciel Catuladeira Miranda, de 55 anos, vai à Júri Popular.

A decisão é da juíza Edssandra Barbosa da Silva Lourenço, da comarca de Natividade. (Veja decisão no final da matéria).

“A decisão de pronúncia encerra mero juízo de admissibilidade da acusação, vigorando nesta etapa o princípio in dubio pro societate. Havendo prova da materialidade e indícios suficientes da autoria, deve o acusado se submeter à decisão do Tribunal do Júri, descabendo falar em sua impronúncia”, diz trecho do documento. 

Edssandra ressaltou na decisão que a justificativa de legítima defesa “pode ser acolhida nesta fase se amparada por elementos de provas inequívocos constantes dos autos. Na ausência de provas seguras a enquadrá-la, deverá necessariamente ser submetida ao crivo do egrégio Conselho de Sentença, juízo natural da causa”. 

O acusado teve a prisao revogada pela Justiça em 15 de março, há exato um mês, pela mesma juiíza que decidiu sobre o Júri Popular.

Na época, a juiza alegou que Hanilton é réu em primeiro grau, tem profissão definida, é de boa índole, além disso, ele não fez ameaças a testemunhas ou manipulou provas.

Nossa equipe tenta contato com a defesa do acusado e ressalta que o espaço está aberto caso haja interesse da parte citada em se posicionar sobre o assunto.

O assassinato

Médicao Ricardo Maciel Catuladeira Miranda trabalhava quando o crime aconteceu – Foto -Arquivo Pessoal

O médico Ricardo Catuladeira dormia em uma sala de descanso na Unidade Básica de Saúde de Santa Rosa do Tocantins, quando foi surpreendido por Hanilton, em 1º de dezembro de 2020.

O crime chocou a cidade pela frieza no qual foi cometido. Após matar a facadas Ricardo, o acusado foi filmado por câmeras de segurança, deixando a UBS com os pés ensanguentados.

Hanilton chegou até o local dizendo que precisava marcar uma consulta para sua mãe, momentos depois, ele deixa a unidade.

Ele foi preso em Silvanópolis um dia depois  depois do crime.

Veja decisão do Júri Popular na íntegra

Decisão

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