A adolescência é uma fase de descobrimentos infindáveis e desafiadores. Como se o mundo abrisse uma janela para a criança de 10 anos e dissesse: “veja tudo o que eu posso oferecer para você: entre e seja bem-vindo. Ao final desta jornada você será um adulto, com corpo de adulto, tendo capacidade para tomar suas próprias decisões”. Muito tentador mesmo.

Só que neste incrível “mundo” que se abre há de tudo: para o bem e para o mal. E principalmente para a dúvida entre o bem e o mal. Sexo, cigarro, álcool, drogas e a maconha entram, instantaneamente, neste cenário de certezas e muitas incertezas.

A maconha é polêmica em todo o mundo. Há locais onde a venda e o consumo são permitidos em determinadas circunstâncias e sob regras claras e específicas. Há locais onde é proibida, como no Brasil. Não obstante, há pessoas que lutam pela sua descriminalização. Tudo certo e que se chegue sempre na melhor solução para todos.

Um produto pode ter venda liberada no comércio da esquina, como é o caso do cigarro, e fazer muito mal à saúde. Cabe a cada um tomar suas decisões pessoais, quando a lei assim o permite. A ciência está aí para ajudar.

O que os estudos científicos nos dizem sobre a maconha na adolescência?

Foi recentemente publicado no Jama Psychiatry, uma revista com total credibilidade científica, um estudo que revisou 3142 artigos publicados sobre o assunto. Destes, 11 foram selecionados para uma análise mais profunda, posto que metodologicamente foram considerados mais apropriados. Assim, foram estudados 23317 adolescentes menores de 18 anos de idade que consumiam maconha regularmente. Estes adolescentes foram avaliados mais tarde, até os 32 anos de idade.

Os resultados apontaram que os adolescentes de até 18 anos que consumiram mais que 4 cigarros de maconha por semana, pelo menos durante 1 ano, na vida adulta (o estudo foi até 32 anos) tiveram risco 37% maior de sofrer depressão, 50% maior de pensamentos suicidas e 3 vezes maior de efetivamente tentar suicídio.

Estes dados são alarmantes e há explicações fisiopatológicas para isso. Sabe-se hoje como a maconha atua no cérebro dos adolescentes. Este será o assunto para uma próxima coluna.

Vale a reflexão. Nossas decisões são nossas. Mas para decidir com clareza e lucidez, nada melhor do que entender os riscos e os benefícios de cada uma das escolhas que norteiam nossa vida.

G1 – Portal Globo

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