O Movimento OAB Forte, formado por advogados de diversos setores de atuação no Estado, protocolaram na direção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Seccional Tocantins, um documento exigindo que o presidente da instituição, Walter Ohofugi, se pronuncie à classe se será candidato na eleição de outubro de 2018.
No documento fica evidente o desconforto da advocacia com o envolvimento político de Ohofugi, ao se filiar a partido com a possibilidade levantada pela imprensa de que pode ser candidato na eleição deste ano. A preocupação do Movimento OAB Forte, que sustenta a vontade de toda classe, é de preservar a imagem da Ordem nesse processo eleitoral, reforçando a imparcialidade e a isenção da instituição.
“A OAB é maior que qualquer presidente, conselheiro ou advogado e, exatamente por isso, deve pairar soberana sobre todas as questões político-partidárias, assumindo sempre a postura de defensora intransigente do direito e das garantias individuais”, traz a nota.
O Movimento OAB Forte não “questiona a legitimidade e liberdade, mas a notícia da referida filiação circulou e ainda repercute, acompanhada de muitas especulações acerca de possível candidatura de Vossa Excelência (Walter Ohofugi) a cargo eletivo nas eleições próximas, por força das próprias declarações que lhes são atribuídas” em veículo de comunicação do Estado.
Diante do exposto, o Movimento OAB Forte pleiteia que o Ohofugi faça veicular “Nota Pública esclarecedora de que não será candidato a cargo eletivo no pleito de 2018”.
O documento protocolado na direção da seccional Tocantins da Ordem é assinado por advogados integrantes do Movimento OAB Forte, na manhã desta quinta-feira (17).
O outro lado
Em breve fala à Gazeta, Ohofugi afirma que o movimento apenas tenta criar mais um factoide. ” Porque eles sabem que nossa gestão está sendo de êxito!”, disse.
Sobre uma suposta conotação política, já que é filiado ao PSD que está na base da candidata Kátia Abreu, Walter afirmou que está apenas seguindo a vontade da Ordem. “Estou a serviço da Ordem dos Advogados, da população, a proposição não foi minha, mas da Comissão de Defesa do Patrimônio Público e Combate à Corrupção”, destacou.
O secretário-geral da OAB-TO, Célio Henrique Magalhães Rocha, afirma não ter cabimento uma manifestação neste sentido. “Não há cabimento em uma manifestação nesse sentido. A nossa administração está revolucionando a OAB, colocou as finanças em dia, está construindo subseções novas, dotou a Procuradoria de Prerrogativas de instrumento, profissionalismo e pessoal e resgatou a imagem pública da Ordem. Esse tipo de suposta pressão que estão fazendo é mais um factoide ligado a um grupo que quer o poder na OAB e que foi derrotado em 2015 por mais de 10 pontos percentuais de diferença”, destacou.