Em sinal de alerta, o Governo do Tocantins, por meio da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Aquicultura (Seagro), vem acompanhado de perto os impactos causados pelas fortes chuvas, nos últimos meses, nos municípios ribeirinhos, principalmente produtores da agricultura familiar.
De acordo com o secretário Executivo da Seagro, Adenieux Santana, algumas medidas estão sendo tomadas por parte do Governo do Tocantins. “Entre elas, alternativas de socorro como a distribuição de cestas básicas nas regiões afetadas, realizadas pelos corpo de bombeiros. A Secretaria vem realizando a distribuição de sementes (arroz, milho e feijão), e estaremos distribuindo calcário para os produtores. Portanto, estamos utilizando de todas as ferramentas que o Estado possui para ajudar, principalmente os pequenos produtores para a retomada de suas atividades no campo”, concluiu.
Os índices pluviométricos estão acima da média, em todas as regiões do Estado.
De acordo com informações da gerência de Agrometeorologia da Seagro, o Tocantins vem se caracterizando por intensos volumes de chuvas. As estações meteorológicas regionais verificam, por exemplo, que na região de Araguaína, as chuvas, nos últimos meses, totalizaram 236 mm, volume acima da média histórica que é de 174 mm. Já em Pedro Afonso, os totais de chuva atingiram 290 mm, ultrapassando também a média do mês de 216 mm.
Segundo Adenieux Santana alguns fatores podem ocorrer nas lavouras tocantinenses, caso, as chuvas continuem constantes. “Essa precipitação tem superado os anos anteriores, isso pode afetar, especificamente a produtividade nas lavouras, em razão da baixa fotossíntese das plantas, e algumas doenças como a antracnose da soja, ferrugem nas plantas frutíferas, além de causar a lixiviação dos fertilizantes, em razão do excesso de chuvas, como também as dificuldades dos produtores de acesso nas lavouras para o controle sanitário”, destacou.
O Secretário Executivo explicou que por outro lado, as tecnologias de ponta utilizadas pelos produtores tocantinenses têm colaborado para reduzir grandes impactos no período chuvoso, como o plantio direto e as práticas utilizadas nas terras de região de várzeas, na Lagoa da Confusão, sendo um dos melhores projetos do mundo que tem o sistema de drenagem bastante eficiente.
“Portanto a Secretaria da Agricultura está acompanhado de perto, e os índices de perdas devem estar em menos de 5%. Entretanto, ainda é muito cedo para falarmos em perda da produção. Os impactos mais fortes estão ocorrendo junto aos produtores ribeirinhos que tiveram suas lavouras inundadas pelas chuvas”, detalhou o Secretário.