Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o rebanho equino no Tocantins é de 125.007 cabeças, presentes em 32.239 propriedades. Os números mostram que a atividade da equinocultura não está limitada só na criação e venda de exemplares. Os animais são considerados artigos de luxo e parceiros em práticas esportivas.

Presença marcante na história e na vida do homem, os cavalos aos poucos foram substituído pela modernização no campo. Na atualidade, raramente se encontra este tipo de animal puxando um arado, por exemplo. Com o melhoramento genético e aperfeiçoamento da linhagem de raças, os animais são mantidos para a prática esportiva, uma vez que cavalgar transformou-se num esporte praticado por homens, mulheres e crianças em diversas modalidades, (hipismo, três tambores, vaquejada e laço).

Apesar dos avanços tecnológicos no campo, ainda não surgiu uma invenção com capacidade de superar a vitalidade, beleza e versatilidade dos cavalos, o que os mantem consolidados como importante fonte de renda. Dados da Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM) mostram que a movimentação da equinocultura gira em torno de R$ 16,5 bilhões, por ano, no Brasil, com 3,2 milhões de empregos. O número é seis vezes maior que o de trabalhadores nas indústrias de automóveis.

Os dados da ABCCMM mostram que a atividade da equinocultura envolve vários segmentos, como medicina e medicamentos veterinários, fábrica de suprimentos, feno, selaria, assessórios, produtoras de vídeos, leilões, instrutores, avaliadores, esportistas e inclusive grandes grifes de modas.

Aliados da saúde

O ato de cavalgar aliado à pratica esportiva, segundo especialistas em saúde, faz bem para o desenvolvimento corporal e emocional. Exemplo disso é o uso de cavalos para tratamentos de ordem terapêutica, com a recomendação da equitação que alia o esforço físico e os benefícios do contato com esses animais.

Praticantes urbanos

Em Palmas existem empreendimentos específicos de equitação, voltados ao público urbano e tem conquistado cada vez mais novos adeptos. O Rancho Katherine, entre Palmas e Taquaralto, tem recebido, em todas as tardes, os amantes da modalidade que se reúnem para a prática do esporte, em um projeto pensado para aproximar o ambiente campestre à zona urbana.

Segundo o empresário e instrutor de montaria, Vidovix Júnior, “o empreendimento atende um público de faixa etária diversa, dependendo do desempenho o aluno pode seguir em uma das modalidades esportivas como, equitação, prova dos três tambores entre outras atividades. Posso dizer que é uma atividade saudável e prazerosa que só vem crescendo no Tocantins. Além disso, lidar com o cavalo proporciona alegria e prazer tanto para o animal quanto para o cavaleiro ou amazona”, afirmou.

Ainda segundo Vidovix “o zelo com os animais e o tratamento adequado afastam a possibilidade de stress, tornando uma convivência saudável entre os animais e os frequentadores. Nos animais são realizados os exames sanitários de rotina, como a manutenção da caderneta de vacinas, medicamentos para vermes e parasitas, além de uma alimentação adequada”, destacou, acrescentando que neste período de pandemia pelo novo Coronavírus, são tomados todos os cuidados de segurança conforme recomendações dos órgãos de saúde.

A advogada, Fernanda Soares encontrou na prática de equitação uma forma de relaxar a mente e repor as energias. “Para mim virou rotina, pratico a equitação pelo menos duas vezes por semana. O cavalo é isso, simboliza força e ao mesmo tempo sensibilidade”, disse.

 

Advogada Fernanda Soares – Foto: Divulgação