Unidade de Pronto Atendimento de Gurupi (UPA) – Foto – Divulgação

Lucas Eurilio

É iminente o colapso na rede hospitalar publica do Estado por consequência do Covid-19. Nesta quinta-feira, 11, seis hospitais que atendem pacientes com coronavírus estão com todos os leitos de UTIs lotados e a situação segue crítica com 1.221 novos casos confirmados. Alerta máximo em Gurupi, região sul do Tocantins.

Na Capital da Amizade uma nova preocupação! A diminuição de oxigênio na Unidade de Pronto Atendimento (UPA – Gurupi) fez com que alguns pacientes em estado mais grave fossem transferidos para o Hospital Regional – com 100% das UTIs ocupadas – Veja aqui taxa de ocupação.

A Secretaria Municipal de Saúde (Semus) explicou  que a medida foi necessária porque o fornecedor não tem conseguido realizar a entrega dos cilindros, que são comprados numa empresa em Goiânia (GO).

A Semus ressaltou que mesmo internados no Hospital Regional, o município segue acompanhando e auxiliando a equipe no tratamento dos pacientes. (Confira a nota na íntegra no final da matéria)

MP cobra explicações

O Ministério Público do Tocantins (MPTO), por meio da 6ª Promotoria de Justiça de Gurupi, oficiou, nesta quinta-feira, 11, a Secretária Estadual de Saúde (SES) e a Direção do Hospital Regional de Gurupi (HRG) para que encaminhem, no prazo de 48 horas, informações acerca do planejamento para instalação de novos leitos de UTI no Hospital Regional de Gurupi e acionou o Município para que explique a suposta falta de oxigênio na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24h.
 
O promotor de Justiça Marcelo Lima Nunes solicitou ao Estado do Tocantins, que anunciou a instalação de mais 20 leitos de UTI em Gurupi, envie a comprovação documental e memorial fotográfico acerca da habilitação do leitos, junto ao Ministério da Saúde, sobre o efetivo funcionamento dos 20 novos leitos de UTI Covid-19 e as providências que estão sendo adotadas para garantir a internação de pacientes abrangidos pela regional da Ilha do Bananal em leitos de UTI, em demais leitos do Tocantins e em outros estados, às custas da SES.
 
A suposta falta de oxigênio da UPA 24h também motivou  o MPTO a realizar questionamento, desta vez ao Secretário Municipal de Saúde e à prefeita, em razão de informações, publicadas em veículo de comunicação, de que a falta de oxigênio provocou a transferência de sete pacientes que estavam internados e entubados na Unidade e que teriam sido transferidos para o HRG. Os dados solicitados referem-se às medidas adotadas para solucionar o problema, a capacidade de ampliação e a relação das empresas fornecedoras. 
 
Como medida preventiva, também foram requisitadas à SES e ao HRG informações sobre a situação do estoque de oxigênio na unidade de saúde e se os pacientes transferidos da UPA 24h, na quarta-feira, estão recebendo os cuidados devidos.

Nota na íntegra

A Secretaria Municipal de Saúde de Gurupi esclarece que como medida preventiva alguns pacientes em estado mais grave que estavam em observação na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) foram encaminhados ao Hospital Regional de Gurupi devido uma diminuição de oxigênio. A medida foi tomada em razão do fornecedor ainda não ter conseguido fazer a entrega do material, pois a empresa em Goiânia está com uma demanda alta de distribuição de oxigênio.

A secretaria ressalta que os pacientes que estão no HRG permanecem recebendo o auxilio da assistência da equipe municipal, como por exemplo, com o uso de respiradores da Secretaria Municipal. Todos os pacientes estão recebendo os cuidados nas enfermarias.

A Secretaria ressalta que o momento é grave e por esse motivo é importante a população cumprir as normas sanitárias, manter o distanciamento social, evitar aglomerações para que a circulação do vírus diminua.