Dois macacos foram encontrados mortos nos últimos dias em Ananás, no extremo norte do Tocantins. A prefeitura disse que os casos foram informados por moradores da zona rural e notificados para a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau). O estado também registrou a morte de primatas em outros municípios e houve uma confirmação para a febre amarela em Porto Nacional.
A morte dos macacos é chamada de epizootia e é considerada um evento sentinela que pode indicar a circulação do vírus da febre amarela. Neste ano, a Sesau registrou 42 casos de episotiase.
Em Ananás, o secretário de saúde Luiz Neto informou que não foi possível enviar os animais para análise. “Eles já estavam em avançado estado de decomposição. Nós notificamos os casos para a secretaria de estado, mas não foi possível fazer a necropsia. Mandamos fazer uma varredura na região, mas não foram encontrados outros macacos mortos”, disse.
O secretário afirmou ainda, que intensificou a campanha de vacinação e fez uma palestra para informar os moradores sobre a morte dos primatas.
O Tocantins não registra casos de febre amarela em humanos há 17 anos. Os últimos casos confirmados no estado foram no ano 2000, quando nove pessoas morreram. Em 2016 seis casos suspeitos chegaram a ser investigados, mas todos foram descartados. Em 2015, houve registro da doença em macacos em Porto Nacional, na região central.
Risco
Os 139 municípios do Tocantins foram orientados a reforçar a vigilância para a febre amarela devido à proximidade com a região Amazônica, que é área de risco de transmissão. Por isso, qualquer caso suspeito deve ser notificado imediatamente.
Quatro casos suspeitos de febre amarela em humanos foram notificados no estado em janeiro. De acordo com a Secretaria de Saúde (Sesau), os registros ocorreram em Palmas, Axixá do Tocantins e Xambioá. Os casos foram descartados após exames laboratoriais.