A Secretaria de Estado da Saúde (SES) alerta sobre a importância de ações de prevenção no Dia Mundial da Doença de Chagas que é celebrado, na quinta-feira, 14. A SES também incentiva as secretarias municipais de saúde a realizarem ações com a população sobre a conscientização e prevenção da enfermidade. A data comemorativa foi estabelecida em 2019, pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A assessora técnica da Doença de Chagas da SES, Anália Celencina Fagundes Gomes, esclarece que “para evitar as formas de transmissão da doença de Chagas no Tocantins a secretaria realiza, desde 2005, uma reunião anual de avaliação e planejamento das atividades de vigilância, prevenção e controle da doença com as 139 secretarias municipais de saúde”, explica.

A assessora técnica explica ainda “os municípios são orientados a realizarem atividades estratégicas que asseguram a detecção do risco de haver transmissão da doença em suas cidades. As ações são programadas anualmente em seus planos operacionais de saúde pública e pactuadas nos respectivos conselhos municipais de saúde. Sendo devidamente acompanhadas e relatadas quadrimestralmente pela Assessoria Técnica da Doença de Chagas da SES”, ressalta.

Doença de Chagas

A doença de Chagas é uma enfermidade infecciosa aguda e crônica causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi. Na maioria dos casos ela é silenciosa, podendo vir a comprometer a saúde do coração e do sistema digestivo da população em geral.

As principais formas de transmissão da doença são a vetorial, oral, vertical, transfusional e acidental; sendo o vetor da transmissão primária da doença um inseto triatomíneo mais conhecido como barbeiro.

Dados da doença

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a estimativa é que cerca de 6 a 7 milhões de pessoas são contaminadas pela doença de Chagas no mundo. No Tocantins, de 2007 a 2021, ocorreram 57 novos casos da doença na forma aguda, que são acompanhados e avaliados anualmente pelas secretarias municipais de saúde onde foram registrados.

O atual perfil epidemiológico da doença no Tocantins revela potencial risco de haver transmissão vetorial da doença. Isto devido à urbanização do vetor, o barbeiro, que viabiliza um número maior de pessoas expostas ao risco de adoecimento.

Panorama epidemiológico

Em 2021, foram capturados 3.245 triatomíneos (barbeiros) em 110 municípios do Estado, sendo que em 70 destes municípios, 355 triatomíneos estavam infectados por Trypanosoma cruzi. Contendo assim, riscos de haver transmissão vetorial da doença através da captura do vetor infectado, possibilitando o contato dos moradores com as fezes infectadas do vetor.

Ressalta-se que dos 110 municípios, em 76 deles a captura do vetor foi na zona urbana, sendo que em 39 deles foi detectado risco da transmissão domiciliar. A SES explica ainda que dos 110 municípios, em 33 deles houve captura do vetor em prédios públicos e em 11 deles o vetor foi capturado infectado.