Alfinetadas, críticas ao Estado, apelo a Bolsonaro e “roubada de cena” de Carlesse marcaram evento na Fieto; Veja as propostas de todos os candidatos

Maria José Cotrim

O candidato Carlos Amastha do PSB foi o primeiro a apresentar suas propostas do plano de Governo para os empresários no evento da Fieto. Ele deu uma alfinetada no governador Mauro Carlesse o elogiando por ter comparecido.

Ele apresentou um Protocolo de Intenções no qual se comprometeu criar uma escola visando incentivar o empreendedorismo. “ Isso é oportunidade!”, disse ao defender as parcerias para implantação do programa. “ Enquanto o Tocantins é o vigésimo colocado Palmas é disparado em primeiro lugar em ensino”, disse ao criticar a Educação do Ensino. A intenção é implantar no centro de Palmas ao lado da Escola Elizangela Glória.

“ Oito escolas de ensino integral paradas e continua sem dinheiro e sem terminar”, voltou a criticar. Outra ação é reordenar as contas do Estado para melhorar a classificação fiscal. “ A situação que estamos vivendo…. o governo anterior entregou o Estado numa situação caótica”, disse. Segundo ele, o Estado tem mais de 60% de gastos com pessoal. Ele disse que vai criar o Programa Invista no Tocantins e um de Energia Solar.

Bernadete Aparecida

A candidata do PSOL foi a segunda a falar. Ela  disse que o tema é majoritariamente tratados por homens: Ela falou sobre o tema da Educação e disse que o Tocantins é um dos últimos no índice de desenvolvimento humano. “ A indústria não é só resultado do investimento financeiro, de se utilizar uma fonte energética mas é resultado também das condições gerais de pobreza. Do não cuidado com essa população”, disse.

Segundo ela, existe um longo processo de desinteresse pela evolução humana no Estado. Ela propôs uma inversão: um olhar para as famílias e para as comunidades. “ A indústria do Tocantins tem o ambiente favorável de ter a posso de crescer”, disse. A candidata defendeu ainda a ampliação do orçamento para o Estado.

César Simoni

Terceiro a falar, Simoni saudou os candidatos ao Senado do grupo adversário e disse que a amizade tem que ser preservada. Segundo ele, o principal problema do Brasil é a destruição. “ A esquerda arrebentou com este país”, disse. O candidato afirmou que há uma oportunidade de mudar o país. “O Estado segue a nação, ou mudamos o Brasil ou vamos para o sistema bolivariano”, disse.

Segundo ele, falta estancar a torneira da corrupção para que os empresários venham para o Tocantins. “Ninguém vem para cá para perder dinheiro, o investidor quer ter a segurança”, afirmou. O candidato disse que é preciso tratar do mínimo e do crucial. Ele defendeu ainda qualificação para os jovens disputarem o mercado de trabalho. “ Grande parte da mão de obra que está no Tocantins vem de outros estados e isso é deslealdade com nosso povo”, disse. Ele alfinetou ainda sobre o aumento do IPTU. “ Chega de cuidar só do nosso bolso”, disse.

Ele citou Bolsonaro. “ Queira ou não queira Bolsonaro vem aí”, disse.

Marlon Reis

O candidato disse que o problema do Tocantins é um problema de Estado. “ Temos uma gestão da verba da saúde sujeita a. Politização”, citou ao falar ainda da segurança pública.

Ele defendeu ainda a educação empreendedora e criticou a Unitins não ter tido até hoje uma eleição de reitor. Ele propôs concluir a criação do Estado. “ Precisamos de um sistema de controle neste Estado para que não haja cobrança de pedagio para empresários”, disse. Segundo ele, sua maior proposta é o retorno do grande debate sobre o Estado. “ Não temos os freis e contra pesos”, disse.

Ele criticou ainda o fato do Estado ser o mais empregador. “ O Estado não pode ser máximo mas também não pode ser mínimo e sim um Estado necessário ”, pontuou. Ele propôs um plano de desenvolvimento da indústria. “ Vamos seguir com o mesmo modelo ou vamos ter coragem de reconhecer que pecamos e não concluímos o processo de formação do Tocantins?”, disse. Ele citou ainda Barack Obama onde ele diz: “ somos a geração pela qual estávamos esperando.

Mauro Carlesse

O Governador foi o último a falar no evento. Ele falou que tem 120 dias de mandato e que encontrou o Estado em muita dificuldade. “ Luto nesta vida para que tenhamos oportunidade”, disse. Ele respondeu: “ O Estado não está errado, é um Estado de oportunidade que merece ter oportunidade e ter uma política séria de desenvolvimento”, disse. Ele lembra que chegou no Estado como investidor.

Ele disse que o povo acredita que é possível fazer as mudanças. “Implantamos o Opera Tocantins economizando os gastos e já melhorou muito como estava”, disse. Ele disse que já fez 98% das rodovias do Estado em quatro meses e citou a negociação da data base dos servidores.

“ Ficamos ouvindo algumas situações e como empresário eu digo: o que falam é bla bla bla”, disse. Ele respondeu às críticas dos adversários e defendeu uma política séria de incentivos para as indústrias.

Ele disse que já baixou o índice de gastos com pessoal em quatro pontos. Ele disse que está mantendo todos os projetos importantes para o Estado e pregou respeito ao dinheiro público.

Ele falou da obra da ponte de Porto e disse que um candidato adversário bloqueou o dinheiro da obra.

Carlesse ficou calado ouvindo as críticas e na sua fala roubou a cena ao responder e também alfinetar os adversários. Ele chegou a dizer que não tem como fazer mágica em 120 dias e até justificou a ausência nos debates na suplementar: “ não fui porque não gosto de ataques pessoais”, disse.