Um professor de um curso pré-vestibular e um sargento da Polícia Militar foram presos na manhã desta segunda-feira (22) suspeitos de abusarem sexualmente de três irmãs. Segundo informações da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), os suspeitos davam dinheiro e comida à família da vítimas para se aproximarem das crianças.
O sargento foi preso na casa onde morava, no bairro Rendenção, na Zona Centro-Oeste de Manaus. Já o professor, João Batista Gomes, de 66 anos, foi preso na sede da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), no bairro Japiim II, na Zona Sul da capital.
Em nota, a pasta afirmou que repudia veementemente qualquer tipo de comportamento que desrespeite a integridade de crianças e jovens e possui uma forte política de prevenção e combate à violência e pedofilia nas escolas. A Seduc informou, ainda que prestará apoio necessário às investigações para apuração do caso.
A Operação Kori, comandada pela titular da Depca, Joyce Coelho, cumpriu também dois mandados de busca e apreensão de computadores e outros objetos dos suspeitos.
Segundo a irmã mais velha, agora com 19 anos, os crimes tiveram início há cinco anos. A jovem contou à delegada que o professor de português se aproximou enquanto ela e o irmão, agora com 17 anos, pediam dinheiro em um sinal de trânsito.
A partir daquele momento, o homem ofereceu trabalho doméstico para a menina e a levou para ser auxiliar da empregada dele – e deu início aos abusos. Em seguida, o professor passou a ajudar a família com comida e dinheiro.
Aos 14 anos, a irmã mais velha fugiu de casa e o irmão passou a frequentar a casa do professor e levou as irmãs mais novas, hoje com 15 e 14 anos. A partir deste momento, segundo depoimentos, as adolescentes também começaram a ser abusadas.
A família das vítimas mora perto da 26ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), onde as crianças pegavam os restos de comida. Um sargento da unidade começou a dar comida e dinheiro e, da mesma forma do professor, começou a abusar das adolescentes.
As denúncias foram feitas pela irmã mais velha. À delegada, ela contou que buscou as irmãs para passar o dias com as duas. Durante o encontro, as meninas informaram que continuavam frequentando a casa do professor e a delegacia para pegar restos de comida, e que eram abusadas tanto pelo professor quanto pelo sargento.