A Amazônia registrou 1.034,4 km² de área sob alerta de desmatamento em junho, recorde para o mês em toda a série história, que começou em 2015. No acumulado do semestre, os alertas indicam devastação em 3.069,57 km² da Amazônia, aumento de 25% em comparação ao primeiro semestre de 2019.

O Tocantins aparece em 7º lugar dentre os nove estados que compõem a Amazônia Legal, com um dos menores índices até agora.

O Estado tem 8.701,00 km² de área desmatada até agora, 1.95%, conforme os dados que a Gazeta apurou junto ao INPE.

Os Estados de Rondônia, Maranhão e Tocantins registraram quedas no desmatamento, de 4,48%, 6,32% e 8%, respectivamente. Os demais seis Estados da região tiveram altas na perda florestal, com Roraima apontando um aumento de mais de 200%.

Os dados são do sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), atualizados nesta sexta-feira (10).

Os alertas até junho de 2020 apontam:

sinais de devastação em 3.069,57 km² da Amazônia neste ano
aumento de 25% de janeiro a junho, comparado ao mesmo período do ano anterior
aumento de 64% no acumulado dos últimos 11 meses, comparado ao período anterior (a um mês do fechamento oficial de desmatamento, alertas apontam tendência de aumento na devastação)
O número de junho é 10,6% maior do que o registrado no mesmo mês em 2019
Na comparação com maio, houve aumento de 24,31% em relação ao mesmo mês de 2019, que também havia sido recorde para o período.

O desmatamento ocorreu em toda a Amazônia Legal, mas foi pior no Pará (1.212 km²), Mato Grosso (715 km²) e Amazonas (539 km²). Os municípios campeões do desmatamento foram os paraenses Altamira (351 km²) e São Félix do Xingu (201 km²), seguidos por Apuí (155 km²), no sul do Amazonas.