O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), calcularam pelo terceiro ano consecutivo o Indicador de Consumo Consciente (ICC).
Em uma escala de 1 a 10, os entrevistados dão nota média de 8,7 para a importância do tema consumo consciente, mas apenas 28% dos brasileiros podem sem considerados consumidores conscientes de fato.
Grande parte dos entrevistados são consumidores conscientes ainda em transição (56%) – com aumento de 8 pontos percentuais em relação a 2016.
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É interessante notar que as opiniões dos entrevistados nem sempre correspondem às atitudes tomadas por eles mesmos em relação ao consumo sustentável: a nota média atribuída à autopercepção de ser um consumidor consciente é 7,6.
Segmentação
O indicador segmenta os consumidores em três categorias:
- ‘consumidores conscientes’ – apresentam frequência de atitudes corretas acima de 80%;
- ‘consumidores em transição’ – frequência de atitudes corretas varia entre 60%;
- ‘consumidores nada ou pouco conscientes’ – com 80% de atitudes adequadas e quando a incidência de comportamentos apropriados não atinge 60%.
Mas o que é ser um consumidor consciente?
Em 2016, o principal benefício percebido pelos entrevistados era o de economizar e fazer o dinheiro render mais (37%).
Já em 2017, 25% consideram como a principal vantagem da prática do consumo consciente a satisfação por fazer algo positivo para o futuro das próximas gerações.
“O consumidor brasileiro ainda possui desempenho abaixo do que é considerado ideal. Porém, na comparação com o ano passado, os consumidores começaram a associar mais frequentemente o consumo consciente não apenas a aspectos financeiros”, explica a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
Hábitos Conscientes
Destacamos uma lista com os principais hábitos mais praticados pelos consumidores conscientes, segundo o estudo:
- Avaliar se poderá pagar pelo produto sem prejudicar o orçamento antes de comprá-lo (92%);
- Deixar de comprar novos produtos enquanto pode usar outros ou consertá-los (88%);
- Sempre pesquisar pelos melhores preços, mesmo para itens mais baratos (87%);
- Controlar o valor da conta mensal de telefone (86%);
- Controlar os impulsos de compra (86%).
Tecnologia
- Ter chips de diferentes operadoras de celular para aproveitar diferentes promoções (54%);
- Preferir produtos que tem maior durabilidade e que possam ser consertados quando necessário, ainda que sejam mais caros (47%);
- Não se arrepender por comprar itens que não eram essenciais (19%).
- 83% utilizam aplicativos que permitam a ligação telefônica;
Meio ambiente
- Trocar ou doar produtos que não usam mais ao invés de jogá-los fora (88%);
- Evitar imprimir papeis para conter gastos e em benefício do meio ambiente (76%);
- Preferir passeios ao ar livre do que fazer compras (73%)
- Durante as compras, analisar e considerar se as empresas adotam práticas prejudiciais ao meio ambiente (59%);
- Considerar que vale a pena só abastecer o carro com álcool ao invés de gasolina (36%)
- Fechar a torneira enquanto escova os dentes (94%);
- Controlar o valor da conta de água mês a mês, visando economizar (88%);
- Ensaboar a louça com a torneira da pia fechada (87%);
- Não lavar o carro com mangueira ou em lava-jatos (65%);
- Ligar a máquina de lavar em sua capacidade máxima (43%).
Energia elétrica
- Apagar as luzes de ambientes que não estão sendo utilizados (94%);
- Controlar o valor da conta de luz mensalmente (89%);
- Ter a maioria das lâmpadas da casa fluorescentes (84%);
- Tirar a tomada dos aparelhos eletrônicos que não estão sendo utilizados (60%).
Compras
- Apenas 44% recusam a compra de produtos falsificados
- Nunca comprar produtos que não sejam originais evitando o financiamento do crime organizado (60%);
- Comprar produtos originais, mesmo que as cópias tenham um preço mais atrativo (44%).
Social
Seis em cada dez entrevistados (62%) sentem-se felizes ao ver outras pessoas economizando recursos e adotando práticas favoráveis ao meio ambiente.
Mas, ao ver outras pessoas desperdiçando recursos e prejudicando o meio ambiente, 47% sentem-se prejudicados.
E 27% não se incomodam, já que acreditam que o importante sejam suas próprias ações.