A Cadeia Pública de Colinas, localizada no norte do Estado, já restabeleceu a rotina de funcionamento prisional. Após cinco internos receberem o diagnóstico de Tuberculose, a Justiça impediu provisoriamente que a unidade recebesse novos presos, suspendendo ainda visitas, tanto íntimas quanto sociais. A decisão previa interdição das atividades até o dia 16 de junho, no entanto, após normalização da condição de saúde dentro da cadeia, uma nova decisão judicial datada em 25 de maio autorizou o restabelecimento da rotina prisional.

O chefe da Unidade, Silvestre Boaventura, explicou que a cadeia ofereceu todo o suporte para o diagnóstico dos internos. “Nos últimos três meses, acompanhamos visitas aos médicos para que recebessem o diagnóstico que indicaria a problemática e como seriam tratados. Após isso, isolamos os detentos para tratamento e para que a bactéria não atingisse mais ninguém”, explicou.

Todos os 84 presos, servidores e colaboradores da unidade passaram por exames médicos para descartar a possibilidade de mais casos. Silvestre destacou que foi disponibilizado um enfermeiro do Estado para montagem de um ambulatório na cadeia a fim de supervisionar e dar auxílio nas possíveis doenças que possam afligir o local.

A Justiça também autorizou que os presos diagnosticados com tuberculose fossem tratados em domicílio, cumprindo a pena em casa sob monitoramento de tornozeleiras eletrônicas.

Prevenção

Na semana passada, o Governo do Tocantins, por meio das secretarias de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju) e da Saúde (SES), aderiu ao projeto nacional de prevenção à tuberculose em unidades prisionais. Nomeado como Apoio ao desenvolvimento de ações em saúde para a comunidade carcerária com foco na tuberculose, o projeto é uma parceria do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

As ações terão duração de dois anos, a partir do segundo semestre deste ano. O objetivo é ampliar o diagnóstico e o tratamento precoce de todos os casos, para melhorar as estratégias de controle da tuberculose.

O secretário da Seciju, Heber Fidelis, informou que, no Tocantins, essa mobilização já está acontecendo. “Nós já havíamos nos antecipado a essa grande campanha nacional, que consideramos importante na detecção e no combate à doença. Não é pelo fato de uma pessoa ser encarcerada que ela perde seu direito à saúde, que é fundamental”, reiterou.