Foto – Divulgação
Lucas Eurilio
O prefeito de Araguatins, Aquiles da Areia, terá que dar explicações ao Ministério Público Estadual (MPTO), após falas minimizando os impactados e mortes causadas pelo Coronavírus.
Aquiles disse durante um discurso que não vai fazer lockdown mesmo com a pressão e vai na praia quem quer. (Veja vídeo e mais detalhes no final da reportagem).
“Vou baixar lockdown caramba nenhuma. Quem quiser vá. Quem morrer, morreu, quem escapou, escapou”, afirmou.
Nesta quarta-feira, 16, o promotor de Justiça Décio Gueirado, lembrou que a liberação da praia para usuários vai incentivar a frequência do público, descumprindo o decreto do próprio município.
As medidas para conter a Covid em Araguatins vence no próximo dia 30 de junho e proíbe a realização de aglomerações.
O MPTO já estuda a possibilidade de expedir uma nova recomendação solicitando que a cidade prorrogue as medidas de segurança.
A Prefeitura Municipal tem dois dias para responder sobre as declarações.
Nossa equipe tenta contato com o prefeito Aquiles da Areia e ressalta que o espaço está aberto caso haja interesse dele em se posicionar sobre o assunto.
Conforme o último Boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-TO), nesta quarta-feira, Araguatins acumula 2.294 casos de Covid-19 com 57 mortes causadas por complicações da doença
Confira nota do MPTO na íntegra
Acerca das declarações dadas pelo prefeito de Araguatins, Aquiles Pereira Souza, no dia 15, terça-feira, o Ministério Público do Tocantins (MPTO) informa que nesta quarta-feira, 16, encaminhou expediente ao gestor, lembrando da existência de um decreto municipal que veda a realização de aglomerações, como forma de prevenir o contágio da Covid-19.
No documento, o Promotor de Justiça Décio Gueirado ressalta que a liberação da praia para os usuários incentivará a frequência do público e, consequentemente, ferirá a própria norma da municipalidade, que tem validade até o dia 30 de junho.
Diante da proximidade do fim da validade do decreto, o MPTO estuda a possibilidade de expedir nova recomendação ao Município, para que as medidas sejam prorrogadas. O prazo para que o Município responda o ofício é de dois dias.