Maju Cotrim

Apos a repercussão do depoimento do secretário de Cidadania e Justiça, Heber Fidélis á Polícia Federal, a Gazeta conversou em caráter exclusivo na manhã desta segunda-feira, 20, com o governador Wanderlei Barbosa sobre o assunto.

O depoimento foi prestado à Polícia Federal no dia 23 de novembro, no qual ele revelou como supostamente funcionava um esquema de corrupção e cobrança de propina na gestão do governador afastado Mauro Carlesse (PSL).

“O Heber fez o que achou que deveria fazer, tenho trocado funcionários de primeiro escalão de pasta naturalmente… agora claro que preciso de pessoas que sejam alinhadas com o que pensamos”, disse o governador á Gazeta.

“O que ele falou ele que terá que provar em relação a algumas pessoas que ele citou “, pontuou o governador.

Fidélis fez graves revelações sobre as denúncias de corrupção e cobrança de propina na gestão anterior e apontou a existência de uma suposta organização criminosa.

Ele chegou a revelar ainda sobre um contrato para fornecimento de alimentação nas unidades prisionais, quando disse que a licitação foi direcionada para uma empresa.

“Ele construiu uma prova direta porque um dos pontos que afastaram o governo foi relação a questão dos delegados”, disse Wanderlei sobre as alegações do secretário que era da época de Carlesse e continua na gestão.

Sobre a citação de nomes de deputados no depoimento de Fidélis , o governador também disse que cabe ao delator provar o que disse.

Questionado se vai manter o secretário na equipe ele pontuou: “Vou estar mexendo na equipe sempre… se tiver que mexer nele ou em qualquer um vou mexer, ele tirou férias para interesse dele e autorizei as férias dele”, disse.

Wanderlei disse que seu governo é aberto para investigação qualquer hora em qualquer órgão. “Tenho uma força tarefa quando a polícia quiser entrar em qualquer órgão e qualquer setor a polícia pode entrar e fazer”, disse.

Investigações

Carlesse e seu sobrinho Claudinei Quaresemin são apontados pela Polícia Federal como chefes de uma organização criminosa que estaria “enraizada no centro do governo”. Em nota, Claudinei negou todas as acusações do depoimento do secretário.