Equipe Gazeta do Cerrado
A Jornalista Aline Sene, atualmente atuando na assessoria de comunicação do Sindicato dos Servidores Públicos do Tocantins- Sisepe relata ter passado por um constrangimento durante cobertura das sessões de votação da data-base dos poderes na Assembleia Legislativa nesta quarta-feira, 8.
“Eu estava na Tribuna de Honra com o notebook no colo e digitando no celular, um segurança me abordou e pediu para ver o meu crachá… eu mostrei e ele o tomou da minha mão e falou para a pessoa que me deu o crachá pegar com ele”, ela relatou.
A diretoria de Comunicação entregou a ela outro crachá. Em seguida, segundo a jornalista: “Na saída da Assembleia vieram três seguranças de forma ríspida me falando que eu tinha que entregar o crachá, falei que entregaria amanhã para a pessoa que me deu, me cercaram e tentaram impedir. Um dos seguranças tentou pegar no meu braço para levar para dentro da Assembleia, eu recuei e disse que entregaria amanhã”, relatou.
Após o episódio, a profissional recebeu apoio de vários colegas e também do Sindicato dos Jornalistas do Tocantins. Aline é especialista em jornalista de dados no Tocantins, já passou por vários veículos. Ela sempre acompanha sessões com assuntos de interesse dos servidores públicos na Casa e faz inclusive cobertura em tempo real com as informações a imprensa.
O Sindjor lamentou o fato. A Assessoria de imprensa da Casa tomou todas as providências cabíveis para resolver o impasse assim que aconteceu,restabelecendo o crachá para que a profissional continuasse trabalhando. Por parte da área de comunicação da Casa a garantia do trabalho dos profissionais da imprensa na Casa são plenamente respeitados e garantidos.
O Sindicato dos Servidores Públicos, onde a jornalista assessora, encaminhou nota de repúdio sobre o fato e a atitude dos seguranças da Casa.
O Sindjor sugeriu mudanças na forma de cadastramento e acesso a imprensa ao Plenário para evitar equívocos e ou problemas.
A Assembleia se manifesta
Veja o que a Assembleia diz sobre o assunto:
Nota à Imprensa
Em relação à abordagem de seguranças da Assembleia Legislativa à jornalista Aline Sêne, assessora de imprensa do Sisepe, na noite desta quarta-feira, 9, a direção da Casa vem a público esclarecer os seguintes pontos:
O uso de crachás, produzidos pela Assembleia, visa a reduzir o número de pessoas alheias à profissão (repórteres e assessores) na sala de imprensa. Aliás, esta era uma demanda da própria categoria, uma vez que o espaço não comporta grande número de pessoas;
O acesso aos profissionais de imprensa está garantido com o uso de identificação (crachá) da empresa para a qual escreve, seja como repórter ou assessor de imprensa;
Nesse sentido, a Assembleia informa que não há nenhuma orientação, à segurança, para esse tipo de abordagem em relação aos profissionais de comunicação, fundamentais ao trabalho dos deputados, à sociedade e à democracia;
Ao tomar conhecimento do ocorrido, essa Diretoria de Comunicação (Dicom) cedeu outro crachá, imediatamente, à jornalista, que não foi impedida de permanecer no local;
Por determinação do presidente da Casa, Antonio Andrade, a Dicom se reunirá ainda nesta quinta-feira, 10, com os responsáveis pela segurança. O objetivo é orientá-los sobre o acesso dos profissionais de comunicação às dependências do Legislativo estadual.
Assembleia Legislativa do Estado do Tocantins
Diretoria de Área de Comunicação