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Já se passaram quase duas semanas do anúncio feito pelo Governo do Tocantins sobre uma possível convocação dos aprovados no concurso da Polícia Civil, iniciado ainda no mês de fevereiro do ano de 2014, e mesmo assim, até agora, nenhuma pasta da administração direta soube confirmar a data da posse da primeira turma dos convocados ou comentou sobre como ficará a situação dos candidatos aprovados que não estão na lista da primeira chamada.

 

O Estado também não conseguiu confirmar se este último grupo de candidatos aprovados vão, de fato, integrar o efetivo da Polícia Civil, que hoje conta com déficit um déficit total de 1166 policiais.

 

No anúncio, realizado no último dia 16, o governador Marcelo Miranda afirmou que as nomeações começariam em abril, mas não precisou ou afirmou com exatidão quando isso aconteceria. Em seu discurso, não ficou claro se as nomeações poderão acontecer no início do mês, ou no final. Incertezas que causam expectativa, ansiedade e frustração nos futuros servidores públicos.

 

Aprovada para o cargo de perita criminal, Anne Rose Hermanson Carvalho conta que está desempregada há algum tempo e diante das dificuldades financeiras, seu sonho agora é assumir o cargo, para o qual se esforçou para conseguir uma boa colocação.

“Não temos previsão para as nomeações e é difícil lidar com isso porque nossa vida fica estagnada. Muitas vezes deixamos de estabelecer compromissos na esperança de que seremos nomeados em breve, sendo quase impossível realizar planejamentos em longo prazo. Para quem está sem trabalho, como eu, é ainda mais complicado”, reafirmou.

 

Além da falta de um prazo concreto para a posse, somente 50 delegados, 13 médicos legistas 35 peritos, 14 papiloscopistas, 44 agentes e 60 escrivães devem ser nomeados no próximo mês. Ou seja, menos da metade dos aprovados no certame irão tomar posse inicialmente.

 

Desta forma, o concurso, que tem mais de 500 candidatos aptos a integrarem o quadro da Segurança Pública estadual, deixará quase 300 aprovados esperando a convocação final.

 

Em um certame que se arrasta há três anos, o anúncio da tão esperada nomeação, que deveria representar o alívio, causa frustração. Tanto para os aprovados que ainda precisarão esperar a segunda chamada, quanto para a população que continua à mercê da insegurança, com um efetivo de polícia insuficiente para atuar no combate ao crime.

 

Diante dessa incerteza, os aprovados que ficaram de fora da lista esperam que o governo tenha a sensibilidade para publicar ao menos um cronograma oficial, que especifique a data da nomeação e posse da turma que ficará para segunda chamada.

Na opinião do aprovado para o cargo de delegado, Anderson Casé, esse cronograma é importante para que os aprovados possam se programar para assumir o tão desejado cargo público.

“Imagina alguém que está empregado e precisa se desligar do seu atual trabalho? Isso sem contar aqueles que moram fora e precisam programar viagem e correr atrás de toda documentação requisitada para a posse. Acredito que está faltando essa responsabilidade por parte do Governo”, ressalta.

 

Estado

Em nota, a Secretaria da Administração do Estado (Secad) afirmou que a responsabilidade em convocar os aprovados não é da pasta, mas sim da Secretaria da Segurança Pública.  Segundo a Secad, cabe a eles cuidar apenas do processo de posse destes aprovados, o que vai acontecer apenas após a nomeação publicada no Diário Oficial do Estado (DOE).

 

Já a Secretaria da Segurança Pública informou, também através de nota, que tanto as datas das nomeações, quanto a convocação de mais aprovados no concurso da Polícia Civil é de responsabilidade da Casa Civil.

 

Procurada, a Casa Civil não respondeu aos questionamentos da reportagem até o fechamento da mesma.