Foto Divulgação/Internet

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O levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), divulgado no final de julho deste ano, apresentou o Tocantins como um dos estados mais violentos do País. Mesmo assim, o governo estadual ainda não fixou uma data para convocação do restante dos aprovados no concurso da Polícia Civil, realizado ainda em 2014. Um dos grandes problemas na Segurança Pública do Estado hoje é o déficit de pessoal.

Questionado durante a entrega de veículos e equipamentos da Polícia Militar, sobre a convocação dos remanescentes na última semana o governador Marcelo Miranda não precisou uma data para a nomeação e se limitou em dizer apenas que “a ideia do Estado é levar pessoal capacitado para as delegacias e que continuaria chamando os aprovados, na medida do possível”.
Enquanto o Estado não apresenta uma solução para o problema da Segurança Pública, o Tocantins vem ganhando destaque negativo no cenário nacional. Segundo o Mapa da Violência, de 2014 a 2015, o número de homicídios no Tocantins cresceu 32% em relação aos anos anteriores.

Foram 381 homicídios em 2014 e 503 em 2015. De 2005 a 2015, a variação de crescimento de homicídios no Estado foi de 164,7%. Desta forma, conforme a pesquisa, o Tocantins foi considerado o estado com maior taxa de crescimento da violência no Brasil e o terceiro estado mais violento do Brasil nessa década.


Concurso

De um lado o crime, do outro, mais pessoas atuando nesse combate. Atualmente faltam delegados e demais profissionais de segurança civil nas cidades do Tocantins e enquanto o Governo não convocar os aprovados no certame, que esperam essa nomeação para somar à Segurança Pública, o problema irá persistir e a população ficará menos assistida em relação ao crime.

Essa incerteza por parte do Estado aumenta expectativa dos aprovados, que esperam todos os dias iniciarem os trabalhos, que tanto irão contribuir para a segurança e crescimento do Tocantins e que poderá tirar o estado de uma posição tão lamentável em relação à violência do país.

“Toda vez que presenciamos alguma solenidade da Segurança Pública, ascende uma esperança de convocação. Não achamos certo fazer um concurso, estudar, ter uma boa colocação e ainda assim, o Governo priorizar outros aspectos na Administração. A Segurança Pública, assim como a Saúde e Educação, deve ser prioridade em qualquer estado, pois sem esses direitos básicos é impossível o cidadão ter uma vida digna. E todos sabem que uma das soluções para mudar esse quadro de violência no Tocantins é aumentando o número de pessoal nas delegacias”, frisa Adriano Carvalho, aprovado para o cargo de delegado.