Surgida em Nova York (EUA) nos anos 70, o graffiti é uma manifestação cultural em que o artista utiliza espaços públicos para manifestar sua linguagem artística, criando uma interferência na cidade. Instrumento de crítica social, o graffiti já contagiou diversos lugares em Palmas e a Capital abraçou o movimento ao sediar o evento mais importante do segmento no ano passado, o Festival de Arte de culturas urbanas.

A grafiteira Bruna Moreira, mais conhecida como “Bromou”, usa a arte para reescrever a história de Palmas. Sua obra mais recente pode ser apreciada em um mural no Capim Dourado Shopping. A criadora de “A menina e a coruja” afirmou que o grafite une pessoas.

“Uso os muros como uma forma de unir e criar novos espaços de encontro e convivência, ao invés de separar e isolar as pessoas. O graffiti traz um respiro, algo lúdico e quebra a agressividade ligada a rotina. A cor nos permite sonhar, e o graffiti faz o sonho acontecer na cidade. “A menina e a coruja” vem com esse propósito de estabelecer uma conexão entre a arte e a cidade, propondo um novo lugar de vida, de encontro e muita cor. Um trabalho essencialmente feito por pessoas para pessoas”, ressaltou a artista.

Sandro Rios também é grafiteiro e afirma que o graffiti é a sua vida. “Transformou a minha vida. Eu ‘grafito’ desde pequeno e sobrevivo da minha arte. Palmas tem um grande respeito pelo meu trabalho, não só a Capital, o Estado inteiro. Por onde vou no Brasil sinto que a sociedade tem entendido cada vez mais as minhas manifestações, admirando minhas obras”, celebrou Sandro Rios.

Hoje, o graffiti conseguiu quebrar preconceitos e já estampa grandes marcas. Um dos lançamentos mais recentes de O Boticário, Quasar Graffiti, apostou na energia pulsante das artes urbanas. O “manifesto graffiti” acredita que expressar a verdade de cada um, nos dias de hoje, é um ato de coragem. O Boticário une, assim, uma das práticas artísticas mais antigas do mundo com energia e personalidade.