A Polícia Civil, por intermédio da Delegacia Estadual de Investigação Criminal (DEIC), elucidou, na tarde do último sábado, 8, o desaparecimento e morte de Janiscleiton Batista e prendeu dois suspeitos de envolvimento na morte do empresário.

Conforme o delegado Vinícius Mendes de Oliveira, titular da DEIC e responsável pelo caso, as investigações tiveram início ainda no começo da tarde de sexta-feira, 7, quando as equipes da Delegacia Especializada começaram a realizar diligências no sentido de localizar o paradeiro do empresário e esclarecer o que teria acontecido com o mesmo.

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Após algumas horas de investigação, os policiais civis obtiveram informações de que Janiscleiton teria sido contatado para fazer um orçamento, no Jardim Taquari e, a partir daí, desapareceu. Durante as investigações foi apurado que, ao chegar a Taquari, o empresário teria sido rendido e colocado no porta-malas de seu próprio carro. Os criminosos, então, foram até a residência da vítima, localizada no Jardim Aureny III, e vasculharam todo o imóvel a procura de dinheiro. No entanto, o dinheiro não foi localizado e os criminosos retornaram com o empresário indo em direção a praia dos Buritis.

As investigações da PC apontam que mesmo depois de matar Janiscleiton, os criminosos passaram a exigir o pagamento de R$ 9 mil reais como resgate pela liberdade do empresário, sem oferecer qualquer prova a família de que o mesmo estivesse vivo.

Diante da impossibilidade de obter a quantia desejada, baixaram para R$ 2 mil reais, depois R$ 1 mil reais e por fim, concordaram em “soltar” Janiscleiton por qualquer quantia que a família pudesse disponibilizar. Desta forma, os suspeitos acertaram de pegar o dinheiro, em um posto de gasolina, no Jardim Taquari, por volta das 18hs. Quando Clara Lúcia Ribeiro Gama, 38 anos chegou ao local na intenção de receber o resgate, os policiais a detiveram.

Após ser ouvida, a mulher confessou participação no crime, e indicou o local onde os demais envolvidos estariam. A equipe da DEIC foi então até um matagal, localizado no próprio Jardim Taquari, na tentativa de prender os demais autores. Porém, ao perceber a chegada dos policiais, os suspeitos empreenderam fuga, contudo, os agentes conseguiram prender Ailton Reis da Silva, 24 anos, vulgo “Ratinho”.

Clara Lúcia e Ailton Reis foram levados à sede da Deic onde foram indiciados pela prática dos crimes de latrocínio, ocultação de cadáver e extorsão e, após as providências cabíveis, foram recolhidos, respectivamente, a Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP), e Unidade Prisional Feminina de Palmas, onde permanecerão à disposição do Poder Judiciário.

Conforme o delegado Vinícius, as investigações foram intensificadas no sentido de identificar, localizar e prender outros envolvidos no crime.