No dia nacional do cerrado a deputada estadual Claudia Lelis, PV, cobrou mais ação em defesa da proteção do cerrado, que ocupa cerca 90% do território do Tocantins, e é o segundo maior bioma da América do Sul. A deputada também apresentou requerimento em regime de urgência para realização de audiência pública, no município de Lagoa da Confusão, para debater sobre os conflitos ambientais decorrentes da atividade do agronegócio na Bacia do Rio Formoso.
Durante reunião nesta terça-feira,11, na Assembleia, membros da Associação dos Produtores Rurais do Sudoeste do Tocantins apresentaram dados sobre a produção na região e falaram sobre a suspensão de captação de agua na bacia do Rio Formoso.
“Mediante as questões colocadas na reunião desta quarta-feira é imprescindível a realização de audiência pública para tratar dos conflitos ambientais relacionados a produção agrícola na bacia do Rio Formoso. E por isso é fundamental ouvir todos os setores envolvidos para que possamos resolver essa questão de forma que encontremos caminhos seguros que protejam o meio ambiente, mas não gerem obstáculos a atividade econômica do agronegócio”, defendeu a parlamentar.
Claudia Lelis defende que “não é proibir o agronegócio, que não é contra o agronegócio, mas que defende a produção agropecuária, desde que seja levando em conta a preservação ambiental, seguindo as leis ambientais”, pontou Lelis.
Produção aliada à preservação
A parlamentar também, na sessão destra quarta-feira defendeu que o Brasil pode e deve equilibrar de vez a balança entre produção e conservação, construindo um caminho mais seguro para um futuro de incertezas climáticas, onde ainda precisaremos produzir alimentos e commodities.
“O governo brasileiro precisa garantir que a lei e os compromissos internacionais assumidos sejam cumpridos, e espera-se que sejam criados instrumentos e políticas necessários para a melhor ordenação da atividade produtiva no Cerrado”, ponderou a pevista.
A parlamentar pediu também que os dados oficiais de desmatamento do Cerrado sejam publicados anualmente, assim como já ocorre na Amazônia. “Falamos muito sobre o desmatamento na Amazônia, mas sabemos que o nosso Cerrado também é destruído diariamente”, lembrou Claudia.