O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual e pela Polícia Civil deflagraram uma operação na manhã desta segunda-feira, 05, visando combater supostas fraudes em exames toxicológicos para motoristas. A investigação aponta que o grupo criminoso faz testes falsos para encobrir o uso de drogas por caminhoneiros na hora de emitir a carteira de habilitação.

Segundo informações, mandados estão sendo cumpridos em quatro autoescolas de Palmas e Aparecida do Rio Negro, nos endereços dos donos destes centros de formação e também em dois laboratórios, na Capital e em São Paulo (SP).

Conforme a investigação, um laboratório de Palmas recebia amostras falsas e livres de drogas para beneficiar os motoristas.

No interior, as amostras eram coletadas por uma funcionária. A mulher supostamente atuava em conjunto com os donos de autoescola. Os investigadores identificaram que esses centros de formação até pagavam hotel para caravanas de motoristas de outros estados que vinham fazer a habilitação no Tocantins com o exame toxicológico fraudado.

Os exames toxicológicos são exigidos para obtenção de carteira nacional de habilitação nas categorias C, D, E. O teste identifica a presença de substancias psicoativas no organismo, como as drogas usadas por alguns caminheiros para conseguir dirigir de forma ininterrupta, e pode detectar o que foi consumido pela pessoa nos últimos 90 dias.

O valor de um exame desse tipo é em torno de R$ 150, mas nesse esquema o preço subia para R$ 600. A suspeita é de que o serviço era contratado por motoristas que geralmente usam rebite e drogas ilícitas nas rodovias.