Urna Eletrônica – Divulgação
Em 2021, o Observatório Nacional da Mulher na Política, da Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados, já havia colocado em pauta a baixa representatividade da mulher na política, que ainda apresenta um percentual pequeno – cerca de 15% – no Parlamento brasileiro. E esse número não tende a crescer.
De acordo com um levantamento da Folha de São Paulo, as mulheres são apenas 1 em cada 7 pré-candidatos a governos estaduais, número menor do que o registrado nas eleições de 2018. Até o momento, 22 mulheres se lançaram pré-candidatas a governos estaduais entre 161 nomes, o que equivale a 14%.
Já em 2018, esse número era de 15%, com 30 candidaturas femininas. No mesmo ano, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) definiu que 30% do fundo público deveria ser destinado para candidaturas femininas, incluindo também chapas encabeçadas por homens, mas que possuem mulheres como vice.
Ainda segundo a pesquisa da Folha, “apenas 14 das 27 unidades da federação terão mulheres como candidatas a governadoras”, mas poucas serão prioridade dos respectivos partidos. Entre os partidos que devem lançar candidatas mulheres a governadoras, estão: PSOL, PDT, PT, MDB, PSDB, PSB, União Brasil, Solidariedade, PMB e PCB, sendo o PSOL o recordista em pré-candidaturas femininas.
No Brasil, só seis estados elegeram mulheres governadoras: Rio de Janeiro, Pará, Maranhão, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Roraima.
Em 2021, uma pesquisa feita pelo Instituto Justiça de Saia sobre o tema determinou que as mulheres brasileiras gostam e estão dispostas a participar de forma mais ativa na política, mas a falta de apoio partidário e de informações foram apontadas como empecilhos a este movimento.
O estudo mostra que 89% das mulheres não se sentem representadas por homens na política e, para 95,4%, a participação feminina na tomada de decisões públicas não é suficiente.
Fonte – Marie Claire