Os feirantes que trabalham na feira da 304 Sul, em Palmas, reclamam da falta de segurança durante o dia e ao longo da semana, quando não há movimento no local. Muitos deles já tiveram as bancas arrombadas e objetos levados pelos criminosos.
O feirante Cândido Batista Júnior já foi furtado duas vezes. Por isso, precisou mudar a rotina de trabalho. Ele vende pães e bebidas. Antes deixava os materiais de trabalho na feira para facilitar o dia a dia, mas agora precisa levar para casa. “Eu não deixo mais nada aqui, eu levo embora. Eu deixo o freezer aberto e tiro tudo o que tem dentro. Se deixar fechado, eles vêm e roubam”.
Esta foi a única forma que ele e outros feirantes encontraram para não terem os produtos furtados ao longo da semana, quando o local fica fechado. O presidente da Associação dos Feirantes, José Ribeiro de Lima, acredita que o problema tenha, inclusive, um cunho social.
“Nós temos essa preocupação porque está chegando ao ponto de arrombar os nossos boxes. O apelo que a gente faz é justamente para que a ação social do município e que a ação social do estado poderiam começar a visitar durante a semana, passar por aqui para ver quem são essas pessoas, fazer um cadastro dessas pessoas, ver o que elas precisam porque se eles vierem aqui vão saber do que essas pessoas estão precisando”.
Em resposta, a Guarda Metropolitana de Palmas informou que realiza rondas em todas as feiras nos horários de maior fluxo de pessoas, e que o município é responsável apenas pela questão interna de seus espaços.
A Polícia Militar esclareceu que entra em ação apenas quando não há viaturas da guarda municipal disponíveis, mas que realiza policiamento ostensivo nas vias de acesso à feira.
A Secretaria de Desenvolvimento Rural orienta os feirantes a de fato levarem suas mercadorias de volta para casa já que, segundo uma lei em vigor, eles são responsáveis pelos seus equipamentos e mercadorias.
Já a Prefeitura de Palmas disse que está estudando a implantação de uma casa de passagem para abrigar moradores de rua, que muitas vezes usam irregularmente os espaços das feiras.
Fonte: G1 Tocantins