O candidato a prefeito pelo Podemos, Alan Barbiero, ressaltou que existe um interesse de parte da classe política de nunca industrializar o Estado e a cidade para, com isso, impedir a liberdade econômica das pessoas. “Eu vou atrair as indústrias que eu acredito que nós temos afinidade aqui. Por exemplo: a indústria de alimentos. Nós produzimos milho aqui, mas por que o flocão, quando vamos comprar, o milho tem que andar 2 mil quilômetros, ir para São Paulo, ser industrializado lá, gerar emprego lá, e voltar mais caro aqui de volta? Nós vamos atrair essa indústria para cá, e vender aqui. Por que a Quero, que é antiga a Arisco, está em Nerópolis (GO) e não está em Palmas sendo eu nós temos mais de 800 hectares irrigados que poderiam estar produzindo tomate e hortifrutigranjeiro? Falta uma visão empreendedora, tudo não pode. Demora dois anos para abrir uma empresa. O que há é uma visão de querer deixar as pessoas dependendo de emprego público. É por isso que há vereadores de quatro ou cinco mandatos, que com contrato público garante 50 votos”, frisou o candidato quase no final da entrevista ao Cidade Alerta, na Record-TO, na noite desta terça-feira, 3 de novembro.
Como medida prática para facilitar a abertura de empresas em Palmas, ele se comprometeu com a regulamentação da Lei da Liberdade Econômica, sancionada pelo presidente da República no ano passado e que ainda não foi normatizada em Palmas.
Ao longo da entrevista de 17 minutos, conduzida pelo jornalista Léo Cândido, Alan Barbiero falou de sua experiência liderando o processo de instalação e implantação da UFT (Universidade federal do Tocantins), instituição que ele foi o primeiro reitor. Durante as suas duas gestões à frente da universidade, 20 mil alunos concluíram o ensino superior, sete campi foram construídos em todo o Estado e mais de 60 cursos implantados. “Eu costumo dizer que para dizer que vai fazer é bem melhor mostrando o que já fez”, ressaltou.
Educação
O candidato destacou que a educação na rede municipal de Palmas é de boa qualidade, com nota 6.6 no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). No entanto, ele destacou que para melhorar existe a necessidade de implantação de tecnologia e conectividade. “Nossa escola tem uma estrutura do século 20, mas os alunos são do século 21. Vamos investir em tecnologia, conexão e qualificação dos professores. Nossas crianças já nascem conectadas. Como vou ter escola que ainda dá aula no quadro negro? Com giz e pincel atômico?”, ressaltou, destacando que a implantação dessa tecnologia será o desafio de sua gestão.
Alan Barbiero voltou a defender, ainda, uma educação mais inclusive, ressaltando que a sua gestão vai construir a primeira escola bilíngue português e libras (Língua Brasileira de Sinais). Ele ressaltou que as escolas serão preparadas para receber autistas, cadeirantes e todos que necessitem de alguma adaptação.
Saúde
Na saúde, o candidato destacou que além do Hospital Municipal, que será construído, o trabalho precisa ser transversal. “Eu preciso ter o hospital, preciso ter esporte, preciso ter tudo. Inclusive, em Araguaína, o prefeito Ronaldo Dimas (Podemos), do meu partido, construiu o hospital municipal. Mas a saúde é tudo. Quando se respira poeira em uma quadra sem asfalto, tem problema respiratório. Com esgoto, tem dengue”, salientou, ao destacar que as obras estruturantes, a qualidade de vida e a educação no trânsito desembocam necessariamente na saúde.
O candidato também falou de infraestrutura, citando vários bairros como o Irmão Dulce, a Baixada do Aureny, o Sonho Meu e o Lago Sul que precisam receber atenção do poder público municipal.
Por fim, Alan Barbiero criticou as obras em pleno período de chuvas, destacando que falta planejamento por parte da prefeita de Palmas. “Não dá para ter obra em período eleitoral de chuva Quem não sabe que em outubro e novembro chove? Isso está errando, dinheiro público indo pelo ralo”, resumiu.
Fonte/Foto: assessoria – divulgação