A base do governo começou a se movimentar após reunião com parte dos deputados estaduais que analisam a aliança com o grupo dos Abreus. O clima tem sido de tensão interna principalmente com relação ao PP e PSD, legendas de Kátia Abreu e Irajá em relação ao sentimento de alguns deputados de mandato.

O senador Irajá está no centro das especulações sobre qual será mesmo sua postura para as eleições deste ano. Ele ensaiou aproximação com o Palácio Araguaia desde que Wanderlei Barbosa assumiu e agora deputados estariam com pé atrás se ele pretende mesmo disputar ou não.

A Gazeta tenta ouvir o senador há horas sobre o assunto mas as ligações não são atendidas. Na base do Palácio muitos dos mandatários já definiram por apoio á pré-candidata Dorinha para o Senado e estariam se manifestando contra composição com a senadora Kátia Abreu para a majoritária.

Irajá já afirmou várias vezes que não pretende ser candidato a governo mas parece que muitos não estão convencidos.

Irajá em sua última aparição pública ao lado de Wanderlei, em Brasília na Marcha para prefeitos, elogiou a condução dele porém o senador já chegou a dizer que questão de apoio político para eleições ainda não está definido.

Dentre os deputados da base o sentimento tem sido de análise desta situação, reuniões secretas na casa de parlamentares e muita articulação. Muitos dos governistas já tem posição definida por apoio a Dorinha.

Muita água vai passar por debaixo desta ponte.

O que dizem Wanderlei e Kátia

Procurados pela Gazeta durante eventos em Gurupi, Kátia Abreu e Wanderlei comentaram o assunto meio que por cima. Eles estão o dia todo em agenda na capital da amizade e ficaram sabendo pela Gazeta das especulações. Os dois cumprem agenda juntos em Gurupi durante todo o dia com demonstração pública de parceria.

“Nunca escutei o senador falando isso, nunca me manifestei porque não vejo um problema relevante com relação a isso, tenho visto esse comportamento e escutado de maneira silenciosa”, comentou o governador.

“Temos que esperar para ver as coisas acontecerem, não posso antecipar algo que ainda não aconteceu”, pontuou .

Questionada pela Gazeta se saberia de uma suposta intenção do filho Irajá de se candidatar a governador a senadora Kátia pontuou: “ se ele quisesse ser candidato ele seria, se ele é candidato é porque ele não quer e nós não queremos:  nada no mundo impediria Irajá de ser candidato se ele quisesse”,

“Não tenho nada a comentar, os deputados  se reúnem na hora que acham devido, tem o direito de se reunir e de se manifestar, não tenho como comentar”, pontuou sobre a mobilização de deputados da base que não a apoiariam para o Senado.