Caso aconteceu no município de Peixe. Mãe contou à polícia que criança, de um ano e cinco meses, teria se machucado e negou agressões.

 


Viaturas da Polícia Militar do Tocantins — Foto: Divulgação/Ascom 2º BPM

 

Uma criança de apenas um ano e meio deu entrada no Hospital Municipal de Peixe, no sul do Tocantins, apresentando várias lesões corporais e sinais de abuso sexual. Com base na condição da criança, que veio a óbito devido aos ferimentos, a mãe e o padrasto, ambos de 20 anos, foram detidos sob a acusação de homicídio.

O caso ocorreu no sábado (16) à noite e, segundo a Polícia Militar (PM), a criança deu entrada no hospital por volta das 23h, já sem vida. O corpo do bebê foi submetido a uma avaliação médica que detectou marcas no tronco, abdômen e face, bem como indícios de possível abuso sexual.

No hospital, o Conselho Tutelar foi acionado para monitorar o caso em conjunto com as equipes do 4o Batalhão de Polícia Militar. A mãe relatou que, há uma semana, surgiram manchas escuras no abdômen e nas costas do bebê, e que ela aplicou uma pomada para tratar.

Também relatou que a criança caiu em um parquinho e feriu o olho, e que no sábado sofreu outra queda, resultando em um hematoma na testa. Posteriormente, o bebê tomou uma mamadeira e começou a ficar com sono. O padrasto notou que a criança estava com os lábios roxos. Foi nesse momento que eles levaram o bebê para o hospital, aproximadamente às 23h.

A mãe foi questionada pela polícia acerca da suspeita de abuso sexual, porém, ela negou que isso tenha acontecido. No entanto, relatou que o padrasto já havia agredido fisicamente a criança. Por outro lado, o padrasto negou ter cometido qualquer tipo de violência contra o bebê.

Embora os suspeitos tenham negado o possível delito, a mãe e o padrasto foram presos em flagrante por homicídio doloso, que ocorre quando há a intenção de matar.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) comunicou que o casal foi preso e autuado pelo crime de homicídio qualificado, praticado através de tortura contra um adolescente de 14 anos.

O corpo da criança foi levado ao Núcleo de Medicina Legal de Gurupi para realizar exames necroscópicos, que contribuirão para a investigação das causas da morte, que ficará a cargo da 94⁠ª Delegacia de Polícia de Peixe.

Após os procedimentos na delegacia, a mãe foi recolhida à Unidade Penal Feminina de Talismã. O padrasto foi encaminhado à Unidade Penal Regional de Gurupi e ambos estão à disposição do Poder Judiciário.

 

(Fonte: g1 Tocantins)