A Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) anunciou nesta terça-feira, 25, que os municípios com estoque da vacina bivalente contra a Covid-19 já podem começar a imunizar pessoas acima de 18 anos. A medida foi anunciada pelo Ministério da Saúde na segunda-feira (24) e, em nota, a SES informou que recebeu a nota técnica do MS com a orientação e repassou a informação aos 139 municípios.

De acordo com a secretaria, o Estado recebeu 149.664 doses, até o momento, e 42.270 foram aplicadas pelos municípios, com o público acima de 60 anos sendo o mais vacinado. No entanto, a Secretaria Municipal de Saúde (Semus) de Palmas aguarda orientações sobre a quantidade de doses da Pfizer bivalente que serão enviadas para a capital, para ampliar a imunização ao público maior de 18 anos.

Nos estoques da Gerência Estadual de Imunização ainda existem 29.706 doses da vacina bivalente, mas o Estado aguarda novas remessas do imunizante, por parte do MS.

A ampliação da vacina bivalente contra a Covid-19 para toda a população com mais de 18 anos foi anunciada pelo Ministério da Saúde diante de um cenário de vacinas paradas nos estoques por conta da baixa procura pela imunização de reforço. Em dois meses, apenas 16,3% da população-alvo recebeu a dose extra, que oferece uma proteção adicional contra mutações do vírus.

A partir de agora, cerca de 97 milhões de brasileiros poderão procurar as unidades de saúde para receber a vacina. A medida vale para quem já recebeu, pelo menos, duas doses de vacinas monovalentes, como Coronavac, Astrazeneca ou Pfizer, seja no esquema primário ou como dose de reforço. A aplicação da bivalente deve acontecer em um intervalo de pelo menos quatro meses desde a última dose. Quem tem entre 5 e 17 anos deve continuar sendo recebendo o reforço com a vacina monovalente disponível, de acordo com o ministério.

As vacinas bivalentes foram elaboradas para oferecer uma proteção extra contra a ômicron e suas subvariantes. Atualmente, a Pfizer é a única farmacêutica que oferece a vacina bivalente ao Brasil. Desde o início da pandemia, o coronavírus vem sofrendo mutações, e a ômicron é a variante que domina o mundo atualmente. As primeiras vacinas usadas no combate à pandemia, também chamadas de “monovalentes”, fornecem menos proteção frente à variante dominante, mas ainda são eficazes contra casos graves, óbitos e hospitalizações.