O trabalho segue intenso da equipe do corpo de Bombeiros do Tocantins enviada para reforçar a ação de resgate às vítimas da enchente do rio Guaíba que afetou Porto Alegre e cidades da região metropolitana da capital gaúcha. Em conversa com a Gazeta, Cel. Donaldo que comanda as ações dos militares tocantinenses, falou sobre o principal risco no trabalho em torno da área afetada pelas fortes chuvas registradas no Rio Grande do Sul nos últimos dias.
A neblina que paira sobre boa parte do local onde os esforços estão concentrados, deixa a situação ainda mais tensa em relação a segurança dos militares. De acordo com o comandante da equipe, a serra encoberta é um cenário que requer uma cautela ainda maior por parte dos profissionais. “O profissional bombeiro militar precisa estar atento ao entorno. Nós estamos trabalhando em áreas muito instáveis e em razão dessa instabilidade, o principal risco que temos é em relação a movimentação de grandes massas de terra que podem vir a atingir as guarnições de serviço”, disse.
A preocupação das forças de segurança e resgate que trabalham em Porto Alegre é também em relação a previsão do tempo para os próximos dias. Dados do Instituto Nacional de Meteorologia apontam que deve chover cerca de 111 milímetros para este mês de maio com chuvas fortes também previstas para o próximo fim de semana. “Estamos trabalhando em cenários extremamente perigosos. Estamos orientando nossos profissionais a vigiar constantemente o entorno das nossas áreas de atuação”, completou Cel. Donaldo.
Até o fim da manhã dessa sexta-feira (10) o último boletim divulgado pelas autoridades gaúchas confirmaram que o número de mortos aumentou para 113 em decorrência da enchente. A quantidade de desaparecidos chega a 146 pessoas (números podem ser atualizados a qualquer momento). O temporal atingiu ao todo quase 2 milhões de pessoas até o momento na maior enchente registrada no Rio Grande do Sul.