A ação, executada no córrego Lava Pés, foi acompanhada por técnicos da Secretaria do Meio Ambiente que além de orientação, deram destinação correta ao lixo recolhido
Na manhã desta quarta-feira, 19, jovens da Rede Nacional de Aprendizagem, Promoção Social e Integração (Renapsi) realizaram uma ação de limpeza nas encostas do córrego canalizado Lava Pés, que cruza parte do Centro, setor Belo Horizonte, Jardim América e deságua no córrego Neblina.
Os aprendizes percorreram a região da nascente, localizada na Praça das Bandeiras, até a Avenida Amazonas. A ação foi acompanhada pela equipe técnica da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, que deu suporte e destinação adequada ao resíduo que foi recolhido.
A limpeza foi proposta pela analista educacional do Renapsi, Mariana Helena da Silva, que acompanhou os 36 jovens no local. “Eles são aprendizes que, se souberem a importância do meio ambiente, podem fazer a diferença em suas casas, comunidades e nas empresas nas quais estão sendo inseridos”, comentou.
O estudante Jackson da Silva Santos, 19 anos, entende que é dever do ser humano cuidar dos recursos hídricos. “Água doce é algo tão raro no mundo, e nós não damos valor”, disse. A também estudante Amanda Reis, 17 anos, concorda com o amigo e reforça que o descaso pode retornar o lixo para os moradores. “Quando entope e o córrego enche, o lixo volta e aí eles vão reclamar que está poluído”, pontuou.
A instituição sem fins lucrativos coletou lixo suficiente para encher 150 sacos com volume de 50 litros. A ação contou ainda com o apoio de uma loja de ferramentas, que doou botas e luvas para os estudantes se protegerem durante o trabalho.
Crime ambiental
Durante a ação, foi possível observar resíduos de construção civil, móveis, podas de árvore, esgotos clandestinos, além de lixo doméstico, descartados irregularmente no córrego.
“O descarte irregular é uma cultura antiga que está sendo erradicada, mas para isso precisamos de mais pessoas envolvidas para mudar essa realidade, é um trabalho de formiguinha. É preciso também lembrar que o descarte irregular é um crime ambiental, principalmente quando o lixo é jogado no córrego”, afirmou a gestora ambiental do Município, Nathalia Germano.
A aposentada Domingas Soares, de 73 anos, mora próximo ao córrego e comentou que tenta fazer sua parte, combatendo o descarte irregular de lixo na região em que reside, na Avenida Amazonas, mas seus pedidos são em vão. “Não são só os moradores da região, também tem gente que vem de carro para jogar o lixo no córrego. Eu já briguei muito por isso, mas quem joga diz que eu não posso reclamar porque não sou dona da rua”.
Ascom Araguaína