Em meio a uma crise de pandemia e agressões ao trabalho jornalístico será “comemorado” neste domingo, 7, o Dia da Liberdade de Imprensa. Neste ano, o Brasil caiu pela segunda vez consecutiva no ranking da organização não governamental “Repórter Sem Fronteiras”. O relatório aponta que o país ocupa a posição 107º, de um total de 180, atrás de Angola (106º), Montenegro (105º) e Moçambique (104º).
No final do mês passado, A Folha de S.Paulo e o Grupo Globo anunciaram que não enviarão mais repórteres para as coberturas em frente ao Palácio da Alvorada. A medida foi seguida também pela Band, Correio Braziliense e Metrópoles, após hostilização de jornalistas, por parte de apoiadores do Governo Bolsonaro, na porta da residência oficial do presidente.
“No Tocantins já foram registrados casos de ataques, intimidações e constrangimentos a imprensa. A liberdade de imprensa pressupõe a garantia da publicação de informações nos meios de comunicação de massa, sem interferência do Estado e de qualquer tipo de censura. É papel dos jornalistas revelarem tudo de errado que está acontecendo”, explicou a presidente do Sindicato dos Jornalistas do Tocantins (Sindjor/TO), Alessandra Bacelar.
Violência contra jornalistas
Em 2019, o Brasil registrou um aumento de 54% na violência contra os profissionais do Jornalismo. Os dados são da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), no Rio de Janeiro. Segundo a Federação, houve 208 ataques a veículos de comunicação e jornalistas. Do total, 114 casos foram de descredibilização da imprensa e 94 de agressões diretas a profissionais.
Além dos ataques, a Federação registrou, em 2019, dois assassinatos, 28 casos de ameaça e intimidação, 15 agressões físicas, 10 casos de censura ou impedimento do exercício profissional, cinco ocorrências de cerceamento à liberdade de imprensa por ações judiciais, dois casos de injúria racial e duas ações de violência contra a organização sindical da categoria.
Fonte: Precisa Comunicação