Bruno Covas (PSDB) foi reeleito neste domingo (29) prefeito de São Paulo com 59,45% dos votos válidos, derrotando o candidato Guilherme Boulos (PSOL). Ele toma posse em 1º de janeiro de 2021, e terá como vice o vereador Ricardo Nunes (MDB).

O resultado saiu às 18h59 com 93% das urnas apuradas. Boulos teve 40,55% dos votos válidos.

O tucano foi reeleito com amplo leque de alianças políticas, formando coligação que engloba onze partidos (PSDB, MDB, PP, Podemos, PSC, PL, Cidadania, DEM, PTC, PV e PROS). O acordo garantiu o maior tempo de propaganda de TV no primeiro turno, mas não elegeu vereadores suficientes para formar maioria na Câmara Municipal (foram 25 das 55 cadeiras).
De acordo com dados parciais do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Covas foi reeleito com a campanha mais cara da capital: R$ 19,4 milhões até agora, quase seis vezes mais do que seu adversário no segundo turno, Boulos, que gastou R$ 3,4 milhões. Os candidatos podem prestar contas até dia 15 de dezembro.

A disputa do segundo turno foi acirrada. Embora o atual prefeito tenha liderado as pesquisas de intenção de voto desde o início, a diferença para o candidato do PSOL caiu na reta final. O crescimento de Boulos, no entanto, não foi suficiente para reverter o resultado nas urnas. O psolista telefonou para parabenizar Covas antes mesmo do encerramento da apuração.

A pandemia do coronavírus influenciou a campanha, já que devido ao adiamento do calendário eleitoral os candidatos tiveram um período mais curto entre o primeiro e o segundo turno, de apenas quatorze dias. Ambos fizeram atividades online, entrevistas, encontros e atividades de rua – onde foram observadas aglomerações. No anúncio da vitória, os tucanos se aglomeraram em um ambiente fechado na sede do diretório municipal do PSDB, na Rua Estados Unidos, nos Jardins.

Houve apenas dois debates televisivos no segundo turno, sendo um deles em rede aberta. O debate na TV Globo, que estava marcado para acontecer na sexta-feira (27), foi cancelado após Guilherme Boulos testar positivo para a Covid-19.

No primeiro turno, Covas evitou o confronto direto com adversários. Sua principal estratégia foi destacar ações que realizou durante o mandato atual, principalmente no período da pandemia. O prefeito também quis ser conhecido como alguém que supera desafios, já que continuou trabalhando mesmo durante o tratamento contra o câncer.

Porto Alegre

Sebastião Melo, do MDB, foi eleito prefeito de Porto Alegre pelos próximos quatro anos. O candidato teve 361.878 votos, o equivalente a 54,58% dos votos válidos.
O resultado foi confirmado por volta das 18h50, quando o candidato foi declarado matematicamente eleito após 97,79% das urnas serem apuradas.

Já Manuela D´Ávila, do PCdoB, obteve 301.146 votos, ou 45,42% dos votos válidos. Em um pronunciamento, após o resultado, ela desejou sorte ao prefeito eleito.
“Cuide de Porto Alegre, porque Porto Alegre merece ter homens e mulheres que vivam com mais dignidade”, disse Manuela.

Rio de Janeiro

Eduardo Paes (DEM) foi eleito neste domingo (29) prefeito do Rio de Janeiro. Será o terceiro mandato do bacharel em direito de 51 anos, que já governou a cidade entre 2009 e 2017.
“A primeira mensagem que eu queria passar é de agradecimento, aos cariocas que foram às urnas e acreditaram nas nossas propostas”, disse o eleito, ao lado do presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
“Nos próximos quatro anos, vocês terão alguém que vai dar o sangue”, emendou.
Com 87,96% das urnas apuradas, às 18h45, Paes somava 1.435.893 votos, ou 64,41% dos válidos, derrotando o atual prefeito, Marcelo Crivella (Republicanos), que tinha 793.512 votos (35,59%).
Paes liderava em todas as zonas eleitorais do Rio.
O vice-prefeito eleito é Nilton Caldeira, um dos fundadores do Partido Liberal (PL).