O período para o cadastramento obrigatório de propriedades e/ou áreas produtoras de soja, que terminaria na segunda-feira, 22, foi prorrogado por 15 dias, encerrando no dia 6 de fevereiro, conforme publicado na Portaria nº 013, de 22 de janeiro, da Agência de Defesa Agropecuária (Adapec). A previsão é de que uma média de 1.261 propriedades sojicultoras faça o cadastramento. Até o momento, desse total, 854 já se cadastraram, um percentual de 66,66%. O não cumprimento acarretará em sanções previstas no Decreto 1.634/2002.
De acordo com o presidente da Adapec, Humberto Camelo, a extensão do prazo atende a solicitação da Associação de Produtores de Soja e Milho do Estado do Tocantins (Aprosoja). “Entendemos a necessidade e estamos contribuindo para o fortalecimento da principal cultura do Estado. O cadastro anual é fator primordial para a execução das medidas de segurança de controle e prevenção fitossanitária, em especial, da ferrugem asiática”, avaliou.
Para fazer o cadastro, o sojicultor deve procurar o escritório da Adapec do município onde está a área plantada e preencher o formulário ou se preferir acesse o site da www.adapec.to.gov.br/areavegetal, preencha as informações e entregue na Agência. Nesta safra, começa a ser cobrada a taxa de R$ 50,00 até 100 hectares e R$ 0,25 por acréscimo de área (ha), referente ao monitoramento da ferrugem asiática da soja e outras pragas de interesses econômicos, bem como, o vazio sanitário. O produtor deverá emitir o DARE no site www.sefaz.to.gov.br, efetuar o pagamento, para finalizar o cadastro.
Segundo dados da Adapec, referente ao mapa epidemiológico de ocorrência de pragas de grandes culturas, na safra 2016/2017 foram realizados 3.331 monitoramentos, onde foi identificados 59 focos de ferrugem da soja. “Não houve no Tocantins surgimento expressivos de focos da doença, possuímos um programa especifico para o controle da ferrugem asiática, por isso, realizamos além da fiscalização em campo, outros meios de controle legislativo, como o cadastro obrigatório das áreas plantadas, calendarização do plantio e o vazio sanitário” disse o gerente de Sanidade Vegetal da Adapec, Marley Camilo.
Ferrugem asiática
A doença é causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, sendo, hoje, uma das doenças que mais têm preocupado os produtores de soja em todo o país. O seu principal dano é a desfolha precoce, impedindo a completa formação dos grãos, com consequente redução da produtividade. O nível de dano que a doença pode ocasionar depende do momento em que ela incide na cultura, das condições climáticas favoráveis à sua multiplicação. Os danos podem chegar a cerca de 70%. A doença foi diagnosticada pela primeira vez no Brasil em 2001. Devido à facilidade de disseminação do fungo pelo vento, a doença ocorre em praticamente todas as regiões produtoras de soja do país.