Lucas Eurilio/Repórter Gazeta do Cerrado

Os tocantinenses já estão começando a passar por um calor típico do mês de agosto, que teve início nesta quarta-feira, 1º. O mês mal começou e os guardas-sois já estão a todo o vapor pelas ruas da capital. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Tocantins está em segundo lugar com mais de 3 mil focos de calor, perdendo apenas para o Mato Grosso que ultrapassa cerca de 7 mil focos.

A estudante de Serviço Social, Marina Limeira de 28 anos, disse em entrevista que à Gazeta do Cerrado, que não há protetor solar, guarda-sol, nem sombra que alivie tanto calor. Marina contou que está fazendo todas as receitas caseiras deixar o ar um pouco mais úmido.

“Esse ano tive que gastar com umidificador, o clima está muito seco e a gente acordar com o nariz, a boca muito mais secos. É terrível. Coloco de tolhas a bacias de águas dentro do quarto pra ter uma noite um pouco mais tranqüila”.

Mas esses ano os tocantinenses podem esperar altíssimas temperaturas, isso porque segundo o coordenador do Núcleo de Meteorologia da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), José Luíz Cabral, disse que a tendência são as temperaturas subirem.

“Ontem tivemos um dia crítico em Paranã. A umidade relativa do ar foi de 13% e o município está em estado crítico. Período continua seco e a previsão de chuvas para os próximos dias é de 0%.”.

No Tocantins as temperaturas chegam até 41º nesse período de estiagem que segue pelo menos até o final do mês de outubro. José Luiz Cabral disse que nesta quarta-feira, 1º, a capital e alguns locais do estado, os termômetros chegaram a 37 º.

“O dia de ontem foi bastante seco e quente, isso te chamado a atenção por conta dos baixos índices de umidade já bem no início do mês de agosto. Ainda sobre o período de estiagem, do ponto de vista meteorológico, as chuvas folclóricas, que são a do pequi e a do caju, poderão eventualmente acontecer, mas isso vai depender muito da intensidade de massa de ar seca que está na região central do país”.

Por fim, o meteorologista, alertou que apesar da nebulosidade dos últimos dois dias, a umidade tende a cair mais ainda, o recomendado pela Organização Mundial da Saúde é de 60%.

“Em agosto e setembro, são os meses mais críticos, a massa de ar enfraqueceu, por isso as nuvens, mas, podemos esperar dias mais secos já que as condições não são favoráveis”.