Quem acompanhou o último debate dos candidatos à prefeitura de Palmas, que durou aproximadamente duas horas, e foi transmitido ao vivo pela TV Anhanguera nesta quinta-feira, 29, passou por um longo período no qual viu e ouviu diversas acusações, provocações, e pouquíssimas propostas sobre o que será realizado nos próximos anos. Esta seria mais uma oportunidade para o eleitor avaliar os projetos e desempenho dos candidatos antes das eleições que acontecem neste domingo, 2.
Participaram do debate os candidatos Carlos Amastha (PSD), Claudia Lélis (PV), Raul Filho (PR), e Zé Roberto (PT). Os temas, assim como a ordem de resposta dos candidatos foram realizados por meio de sorteio. Durante os quatro blocos foram discutidos assuntos como geração de emprego e renda, cultura e lazer, educação, infraestrutura, saúde, transparência, meio ambiente e criminalidade. O candidato Sargento Aragão (PEN), não compareceu ao debate.
Foram inúmeras as acusações, como formação de quadrilha, empregabilidade de familiares, deficiências na infraestrutura. Raul Filho foi citado diversas vezes que quer voltar para desenvolver projetos no qual teve oito anos para realizar, além da inelegibilidade. Claudia Lélis foi lembrada por fazer parte da atual gestão, na função de vice-governadora do Estado e prometer resolver problemas no qual o Tocantins também enfrenta e ela tem sido omissa aos fatos. A candidata, no entanto, por diversas vezes frisou que o foco do debate não era o Governo do Estado, e sim quem estava apto a administra a Capital.
O candidato Zé Roberto, atual deputado estadual foi criticado por não apresentar emendas parlamentares que contribuam com o desenvolvimento do município, no entanto não tem condições de criticar os trabalhos que vem sendo realizado, e Carlos Amastha pelos altos índices de impostos, e não desenvolver trabalhos voltados para a área social, bem como o fechamento dos Centro de Referência e Assistência Social (CRAS) . O atual prefeito frisou que a cobrança de impostos é devolvida para a sociedade em forma de trabalho, e infraestrutura em todas as áreas.
Propostas
Sobre fomentar as empresas para geração de renda, Claudia Lélis reforçou que investirá no incentivo fiscal, baixando os impostos, que segundo ela com essa medida os empresários venderão a um preço mais acessível, aumentando o poder de compra da população e a contratação de novas pessoas. Já o candidato Raul Filho frisou na importância de atrair investidores para Palmas que atualmente possui grandes áreas para construção e implantação de empresas.
O candidato Zé Roberto que explanou sobre os investimentos na cultura, disse que há uma necessidade em promover políticas públicas para divulgar o trabalho realizado por artistas locais. Segundo ele, a cultura do município não tem sido prioridade na atual gestão.
Na educação Zé Roberto disse que várias ações precisam ser reavaliadas, adotadas outras posturas, e principalmente prezar pelo diálogo com os servidores. Raul Filho destacou que os Centros Municipais de Educação Infantil (Cemeis) foram implantados na sua gestão, no entanto de acordo com Carlos Amastha não adianta criar projetos e não haver execução dos mesmos.
O candidato disse que reestruturou a educação no município, onde nestes quatro anos, ao contrário do ex-prefeito que possuía inúmeros contratos, realizou concursos públicos dando oportunidade a todos. Reforçou ainda que tem buscado reestruturar todas as escolas municipais e utilizou do argumento que hoje 100% das unidades possuem ar condicionado, isso não foi uma imposição, mas que ele vê como uma necessidade e frisou: “assim como no meu carro possui ar, nas escolas os alunos gozam do mesmo benefício”.
Amastha ressaltou ainda o resultado do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), divulgado nos últimos dias, onde Palmas fica em 2º lugar na média nacional entre as capitais do País, o que o faz concluir de acordo com ele, que a educação está no rumo certo.
O tema infraestrutura foi respaldado por uma série de acusações, agressões, e provocações. Segundo Amastha, ao iniciar a gestão Palmas encontrava-se “cheia de buracos”, deixados por Raul. Já a candidata Claudia Lélis afirmou que a obra de drenagem e esgoto realizada pelo atual gestor, segundo ela em nada resolveu os alagamentos em Palmas. “Logo na primeira chuva vimos Palmas alagar novamente, o que nos dá a entender que foram gastos rios de dinheiro em vão”, disse.
Amastha argumentou que tem realizado um trabalho que gestor nenhum havia se proposto a fazer, obras que ninguém vê, mas têm eficiência e resultados. De Acordo com ele, hoje a Capital do Tocantins desenvolve projetos que são metas para 2050, o que nos anos à frente do que estava previsto.
Na saúde, Cláudia Lelis diz que irá construir um hospital municipal, e foi questionada pelos demais candidatos que uma vez que diz que resolverá o problema da saúde pública municipal, mas não consegue amenizar as demandas do HGP, gestão na qual faz parte na função de vice-governadora.
Sobre a transparência, Raul Filho foi questionado a quantidade de contratos que existiam na prefeitura em seu governo. Amastha disse que no gabinete de Raul Filho eram contratadas 400 pessoas, e que atualmente em seu governo ele possui três contratos.
Sobre a segurança, Zé Roberto frisou a necessidade de trabalhar em parceria com os poderes, polícia federal, militar, civil, guarda metropolitana, e principalmente sociedade. Falou ainda que a iluminação pública, roçagem dos lotes vagos e participação das famílias nas praças das quadras inibem a criminalidade. Claudia disse que caso eleita usará os radares instalados no município em pontos estratégicos para auxiliar neste processo de segurança das famílias.
Raul Filho disse que é preciso investir mais nos parques, diminuir os índices de queimadas, e desenvolver ações para um futuro promissor.
Ao finalizar, todos os candidatos pediram votos e se comprometeram a trabalhar em prol da população.