Virou rotina o Hospital Regional de Dianópolis (HRD) ganhar as manchetes de jornais, TVs e sites da imprensa tocantinense, infelizmente pelo seu lado mais triste. Mas talvez a narrativa jornalística, mesmo com a força das imagens, não seja suficiente para dimensionar o sofrimento dos dianopolinos e dos moradores das cidades vizinhas privados de atendimento básico em razão do caos instalado, e agravado neste ano, na unidade que deveria ser referência para a Região Sudeste do Estado e que hoje vive sem médico, sem remédios, sem atendimento, sem esperança.
“Dianópolis é um exemplo da falência total da gestão da saúde pública no Estado, cujo governo, que já está aí há quase seis meses, é incapaz de dar respostas minimamente concretas para pelo menos minimizar os gravíssimos problemas em todos os hospitais públicos do Estado”, afirmou o candidato a governador pelo PSB, Carlos Amastha, que em maio viu ao vivo a triste realidade do hospital de Dianópolis.
“Durante caminhada pela Avenida 7 de Setembro, pude constatar que a demanda número 1 dos dianopolinos é o hospital, mas não podia ser diferente. É inconcebível que uma cidade polo, que recebe moradores de vários municípios, possa abrigar um uma unidade de saúde referência em estado de quase completo abandono. Todo mundo sabe que recursos para a saúde existem sim, e o que falta mesmo é saber usá-lo de forma competente e honesta, coisa que esse o governo já provou que não sabe”, lembrou Amastha.
Como mostrou a reportagem na última sexta-feira, 17, esquecidos pelo atual governo, só restou aos moradores realizarem um abaixo-assinado para cobrar do Palácio Araguaia soluções urgentes do governo do Estado. Já a Defensoria Pública do Tocantins, também segundo o jornal, exigiu o imediato pagamento dos salários atrasados dos médicos, enfermeiros, técnicos e motoristas, além de providenciar a solução para a falta de equipamentos e os graves problemas de estrutura física do hospital.
“O absurdo é que, mesmo diante desse caos todo no Hospital de Dianópolis, o governo vem com respostas vazias, com o único intuito de empurrar o caos com a barriga enquanto a população sofre as consequências. Foi capaz de dizer que ‘desde junho está trabalhando na resolução dos problemas’. O povo dianopolino, aliás, o povo tocantinense sabe que, assim como em outras áreas a palavra solução passa longe dos hospitais públicos estaduais”, ressaltou Amastha, lembrando que o Opera Tocantins, anunciado com pompa pelo atual governo, não passa de cortina fumaça para tentar encobrir o seu total descompromisso com uma das áreas vitais para o tocantinense.