Foto – Raíza Milhomem

Para intensificar as ações de combate à hanseníase em Palmas, a Secretaria Municipal da Saúde (Semus) promove a Campanha Janeiro Roxo. Escolhido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o mês terá ações que propõem chamar a atenção da sociedade sobre a importância da prevenção e do tratamento adequado da doença, que ainda é vista com preconceito e desinformação.

O Ministério da Saúde instituiu o último domingo do mês de janeiro o Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase. Já a Saúde de Palmas escolheu o próximo dia 25, como ‘Dia H’ de luta contra a enfermidade. Na data, todas as Unidades de Saúde da Família (USFs) farão ações específicas voltadas para as comunidades de seu entorno.

Ao longo do mês, as USFs promoverão ações que pautem a busca de casos novos e a quebra da cadeia de transmissão da hanseníase, por meio da avaliação dos contatos de casos diagnosticados, bem como ações de educação em saúde nos Territórios de Saúde de Palmas.

O coordenador técnico da Área de Hanseníase de Palmas, Pedro Paulo dos Santos, reforça que o resultado desejado com todas essas ações é, principalmente, romper o ciclo de transmissão da hanseníase. “Não basta apenas realizar o diagnóstico e tratar as pessoas. É necessário multiplicar a informação sobre as formas de transmissão e como evitar que novos casos ocorram”, disse o profissional.

A doença

A hanseníase é uma doença infectocontagiosa, de características crônicas e de evolução lenta, que se manifesta principalmente por meio de sinais e sintomas dermatoneurológicos: lesões na pele e nos nervos periféricos, principalmente nos olhos, mãos e pés.

O contágio se dá por de uma pessoa doente, portadora do bacilo de Hansen (Mycobacterium Leprae), não tratada, que o elimina para o meio exterior, contagiando pessoas suscetíveis. A principal via de eliminação do bacilo e a mais provável porta de entrada no organismo passível de ser infectado são as vias aéreas. “É importante ressaltar que apenas 10% da população são suscetíveis a desenvolver a doença em seu organismo”, afirma Santos.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico de caso de hanseníase é realizado por exame físico geral e dermatoneurológico em qualquer USF. No exame, é possível identificar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e/ou comprometimento de nervos periféricos, com alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas. “Quanto mais rápido for o diagnóstico, melhor será o tratamento e menor as sequelas que podem ser causadas pela doença”, ressalta o profissional.

Já o tratamento oferecido é a poliquimioterapia (PQT), que é padronizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Gratuito, o tratamento pode durar de seis a 12 meses e é oferecido nas unidades de Saúde. “A alta por cura é dada após a administração do número de doses preconizadas pelo esquema terapêutico proposto pelo médico no momento do diagnóstico”, finaliza Santos.

Fonte – Secom Palmas