Entrevista: Maju Cotrim
Texto: Brener Nunes

Em entrevista exclusiva à Gazeta do Cerrado, o governador Mauro Carlesse falou do impasse da definição do índice de data-base dos poderes. Ele conta que é necessário para o Estado neste momento que seja 1% para todos em nome da estabilidade e do equilíbrio das contas públicas.

Ele afirma: “Tivemos a reunião. Todos temos a mesma opinião de manter isso. De manter e fazer sua obrigação, de fazer o dever de casa, e eu deixei bem claro. Acredito que os deputados entenderam a necessidade. É fundamental que essa data base seja de 1%. Na verdade, é 0,75%, mas parece que foi feito acordo de 1%”, disse o governador.

Carlesse diz ainda: “Pela estabilidade, é fundamental para o Estado para manter o equilíbrio, para manter a Lei de Responsabilidade. Queremos manter em dia nossos fornecedores e os nossos servidores. Por isso estamos fazendo esses apertos. Mas acredito que esses apertos é para um tempo curto a partir de certas condições para voltar a negociar e a pagar os servidores”, destacou em relação aos cortes para manter o enquadramento do Tocantins e mais investimentos.

Segundo o chefe do Executivo, não há mal estar entre os órgãos por causa disso.
“Todos estão fazendo sua parte. Todos estão voltados a ajudar o governo de forma positiva. Tivemos reunião com todos os Poderes. Não existe mais divisão de Tribunal não fala com Assembleia que não fala com governo, que não se fala com Defensoria que não se fala com Ministério Público…. Todos com a mesma intenção de trabalhar, desenvolver e manter a estabilidade do Estado”, ponderou Carlesse.

“Não existe mal estar. Ao contrário, há um alinhamento, um entendimento que o rumo é esse”, reforçou o governador.

Na Assembleia a pauta deve ser o centro das atenções esta semana. Os projetos de data-base do Tribunal de Justiça, da Defenso Pública e do Ministério público já tramitam na Casa.

O TJ e o MPE já aprovaram o índice de 3,4% nós seja colegiados porém o governo apresentou dados e alega necessidade de redução. A Defensoria quer cerca de 5% de data-base.

Se os poderes não baixarem caberá aos deputados decidirem na votação da Assembleia.

A Gazeta acompanha.