O casal réu no processo envolvendo a morte do mototaxista Francisco Fernandes da Silva, de 68 anos, foi condenado a mais de 50 anos de prisão, somando as penas aplicadas. O crime incluiu o roubo de uma moto, celulares, dinheiro e ocultação do corpo da vítima.
O trágico incidente ocorreu em março de 2023 em Araguaína, no norte do Tocantins. A equipe da Divisão de Combate ao Crime Organizado localizou uma ossada humana em um terreno baldio no setor Oeste. O Instituto Médico Legal confirmou a identidade da vítima.
Francisco Fernandes, conhecido como Fernandinho, havia desaparecido sem deixar rastros. A principal suspeita da polícia era de latrocínio, já que sua moto e pertences não foram encontrados.
Os acusados, identificados como “Lúcia”, de 40 anos, e “Rafael”, de 25 anos, foram julgados pelo crime de latrocínio e ocultação de cadáver. Ambos foram condenados pela 2ª Vara Criminal de Araguaína.
A mulher recebeu uma sentença de 25 anos, 11 meses e 8 dias de reclusão, além de 70 dias-multa. Enquanto isso, o homem foi condenado a 25 anos, 2 meses e 29 dias de reclusão e ao pagamento de 62 dias-multa. O juiz também estipulou uma indenização para os herdeiros do mototaxista.
A investigação, que levou à identificação dos réus, começou com a quebra de sigilo telefônico de um celular pertencente à vítima. O aparelho estava sendo usado por traficantes de drogas de Araguanã, levando à identificação do casal.
Segundo os registros da Justiça, a mulher atraiu Fernandinho para sua residência sob a alegação de ter encontrado documentos perdidos dele. No entanto, uma briga resultou na morte da vítima por golpes de martelo. O corpo foi ocultado pelo homem em um lote baldio, sendo descoberto três meses após o crime.
O juiz negou aos condenados o direito de recorrer em liberdade, considerando a gravidade dos crimes cometidos.