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A sexta-feira dia 23 de dezembro foi de terror na casa de uma família de classe média alta na cidade de Reston, Virginia (EUA). Ao surpreenderem a filha com o namorado no seu quarto naquela manhã, Scott e Buckley Fricker, 48 e 43 anos, foram mortos a tiros pelo jovem de 17 anos, que em seguida tentou tirar a própria vida.

Para a família Fricker, as visões extremistas do jovem estariam por trás das razões que resultaram no crime. Segundo o jornal americano The Washington Post, os pais da menina de 16 anos estavam preocupados com o relacionamento que começou em junho, já que viram manifestações antissemitas, homofóbicas e racistas publicadas pelo garoto nas redes sociais. Acreditavam que ele poderia ter visões neonazistas e temiam que sua filha pudesse estar sendo radicalizada.

Scott e Buckley chegaram até a entrar em contato com a escola na qual ambos os jovens estudam para alertar a diretoria sobre o que viram nas redes sociais do adolescente. “Ele está espalhando ódio”, disseram em um e-mail. Há alguns dias, acreditavam ter convencido a menina a terminar o namoro e a mãe até disse para uma amiga que “o neonazista está fora de nossas vidas”.

A história, no entanto, não havia chegado ao fim. De acordo com o jornal The New York Times, ao ouvirem um barulho no quarto da filha, Scott e Buckley encontraram o garoto. Scott teria tentado expulsá-lo de casa, pedindo que ele saísse de suas vidas. O garoto então sacou uma arma, atirou contra os dois e depois contra si.

A família do garoto, cuja identidade não foi revelada pela polícia, se recusou a falar com a imprensa. De acordo com informações das autoridades locais, ele está internado em estado grave e, além das vítimas e do autor dos disparos, a casa estava ocupada por mais quatro pessoas, mas ninguém mais se feriu.

Por Gabriela Ruic com agências internacionais

Fonte: Exame