Nesta quarta-feira, 18, a investigação do caso Ana Zilda Santos Almeida, de 49 anos, foi concluída, e os três suspeitos presos devem responder por homicídio qualificado. O crime ocorreu no dia 5 de outubro, em Araguaína, e a vítima permaneceu uma semana em coma antes de falecer.
Os três suspeitos, duas mulheres, mãe e filha de 49 e 19 anos, e um homem de 32 anos, teriam participação no assassinato. Conforme a polícia, as mulheres seriam as mandantes, e o homem, o executor da morte, que ocorreu por espancamento.
Ana Zilda estava a caminho do trabalho quando foi abordada por um homem que a agrediu. Inicialmente, a polícia havia informado que ela foi espancada com golpes de capacete, mas, com o andamento da investigação, descobriu-se que o suspeito bateu a cabeça da mulher na quina de um poste diversas vezes, resultando em traumas e perda de massa encefálica.
Uma operação denominada “Siena” foi conduzida pela Polícia Civil para localizar os suspeitos do assassinato de Ana Zilda. No dia 10 de outubro, o homem apontado como autor das agressões foi localizado e preso. Na terça-feira, 17, a mãe, que é cadeirante, e a filha tiveram mandados de prisão cumpridos.
O delegado Fellipe Crivelaro, responsável pelo caso Ana Zilda, informou que a motivação do crime está relacionada a questões pessoais da vítima e não forneceu mais detalhes.
Conforme a polícia, os três foram indiciados por homicídio triplamente qualificado, com agravantes de motivo torpe, meio cruel e emboscada, além de furto, uma vez que a bolsa e o celular de Ana Zilda foram roubados após as agressões. O caso será encaminhado ao Poder Judiciário.
Caso Ana Zilda: defesa das suspeitas
A defesa da mãe e da filha emitiu uma nota afirmando que ainda não é possível imputar o crime a elas. O advogado também explicou que teve acesso a partes da investigação que estavam em sigilo na tarde desta quarta-feira, 18. Ele alegou que a polícia chegou até as investigadas devido ao depoimento do homem preso e que ele está incriminando as mulheres na tentativa de diminuir sua própria responsabilidade em relação ao crime.
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