O caso Ana Zilda e a recente prisão de duas mulheres em Araguaína, no norte do estado, sob suspeita de serem as mandantes do brutal assassinato de Ana Zilda Santos Almeida, de 49 anos, ganhou novos contornos. Segundo informações do primo da vítima, Edmilson Lopes dos Santos, Ana Zilda teria tido uma briga prévia com uma das suspeitas já antes do crime ocorrer.
O homicídio chocante aconteceu no dia 5 de outubro, quando a vítima se dirigia ao trabalho. Ela foi brutalmente atacada e permaneceu em coma por cinco dias. O suposto executor do crime foi preso no dia 10 de outubro, um dia antes do falecimento da vítima. As duas suspeitas, uma delas cadeirante de 49 anos e a outra sua filha, de 19 anos, foram presas nesta terça-feira, 17.
De acordo com Edmilson, a briga entre Ana Zilda e uma das suspeitas teria ocorrido na casa da vítima, quando a suspeita teria ido até lá para tirar satisfações.
“Havia informações e comentários sobre o atrito, mas nada que indicasse a gravidade desse desfecho trágico. Ela já havia ido até lá causar tumulto na porta da casa”, revelou Edmilson.
O motivo da briga entre a vítima e a suspeita não foi divulgado, mas a Polícia Civil trabalha com a hipótese de que Ana Zilda seria testemunha em algum processo que envolveria as mulheres detidas.
“A nossa investigação identificou essas duas mulheres e confirmou que elas tinham envolvimento direto com o crime. A nossa linha de investigação preliminar sugere que Ana Zilda seria testemunha em algum processo e que seu testemunho poderia prejudicar tanto o executor quanto as cúmplices. Parece que eles viram a execução dela como a única saída”, explicou o delegado Felipe Crivellaro.
Nesta terça-feira de manhã, a polícia realizou buscas na residência das duas mulheres, onde o suposto executor do crime também residia. Durante a operação, documentos e celulares foram apreendidos.
Crime e início do caso Ana Zilda
O crime chocou a comunidade local, e testemunhas relataram que o agressor chegou fazendo ameaças e exigindo a bolsa da vítima. Quando Ana Zilda não teria atendido prontamente, o criminoso utilizou um capacete para agredi-la com golpes na cabeça.
De acordo com o delegado Felipe Crivelaro, os golpes de capacete foram tão severos que resultaram em fraturas cranianas, levando a vítima a perder massa encefálica. Após lutar pela vida no Hospital Regional de Araguaína, Ana Zilda Santos Almeida faleceu no dia 11 de outubro.
A investigação do crime continua, com previsão de conclusão nos próximos dias, conforme anunciado pela Polícia Civil.
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