Briner foi inocentado e morreu horas antes de ser solto – Foto – Reprodução/Instagram

Equipe Gazeta do Cerrado

Há cerca de um ano começava a triste história do jovem Briner de César Bitencourt, de 23 anos. Preso em outubro de 2021 durante uma operação da Polícia Militar (PM), o rapaz lutou na justiça até o fim da vida para provar que era inocente, quando conseguiu, morreu horas antes de receber seu alvará de soltura.

O caso veio à tona ainda no início desta semana, quando o rapaz se sentiu mal na Unidade Penal de Palmas (UPP) e precisou ser levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Já na UPA em estado crítico, Briner não resistiu e faleceu. Ele já vinha apresentado alguns sintomas como dores no corpo há 15 dias, mas piorou entre o dia 9 e 10 de outubro.

Um laudo ainda sem previsão de sair deve apontar as causas da morte.

O jovem foi preso após a polícia encontrá-lo, junto com outras duas pessoas em uma casa onde havia uma estufa para cultivo de maconha na capital. Os três foram presos em flagrante e levados para a delegacia e mesmo Briner dizendo que não tinha relação com o crime, ele foi levado para no presídio.

A vítima trabalhava como motoboy, era influencer com mais de 20 mil seguidores nas redes sociais e não tinha nenhuma passagem pela polícia. Segundo a defesa da família de Briner em entrevista ao g1 to, o jovem sublocava um quarto no local onde a prisão foi feita, mas ele não possuía acesso ao local onde foi dado o flagrante.

Por outro lado, a Secretaria de Cidadania e Justiça (Seciju) alegou que não informou aos familiares de Briner sobre ele estar doente por conta do sigilo médico/paciente.

A nota diz ainda que a Seciju tem prestado a assistência no funeral, com custos e outros suportes, mas advogada que cuida do caso, Lívia Machado Vianna da família de Briner cobra explicações do Estado. (Veja na íntegra mais abaixo).

Os familiares amigos de Briner fizeram uma manifestação cobrando por Justiça.

Eles se reuniram na frente da funerária e, com balões brancos, fizeram um ato na frente da UPP, onde o jovem ficou preso por um ano. Eles cercaram uma viatura do sistema prisional e pediram justiça.

Veja nota da Seciju

Assunto: Protocolos sobre falecimento de custodiado do Sistema Penal

A Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju) afirma que o custodiado em questão, de 23 anos, recebeu todo o suporte necessário do órgão, passando por diversos atendimentos médicos pela equipe da Unidade Penal de Palmas, bem como encaminhamentos para unidades de saúde. A Pasta reitera que, devido ao sigilo médico/paciente, os atendimentos realizados durante à custódia não são informados aos familiares.

A Seciju esclarece ainda, que a morte do custodiado foi registrada pela equipe médica da Unidade de Pronto Atendimento Sul (UPA Sul), às 4h30, da segunda-feira, 10, e que no mesmo dia, logo no início da manhã, a equipe multidisciplinar da Unidade Penal Regional de Palmas entrou em contato com os seus pais para informá-los sobre o óbito e apoio no funeral, além de solicitar que fossem à UPA Sul, para dar início aos trâmites e autorizações referentes ao encaminhamento do corpo ao Setor de Verificação de Óbito.

Sendo assim, na terça-feira, 11, pela manhã, a equipe da direção da Unidade Penal, juntamente com a Gerência de Execução de Políticas de Assistências do Sistema Penal, entrou em contato com a advogada do custodiado e da família para disponibilizar a assistência no funeral, com os custos, e todo o suporte prestado pela Seciju quanto ao velório, cumprindo assim, todos os protocolos executados em caso de óbitos de custodiados.

*Com informações do g1 to