Iury Italu Mendanha, suspeito de matar ex-namorada Patrícia Aline dos Santos — Foto: Divulgação/Polícia Civil

O processo de Iury Italu Mendanha, acusado da morte da ex-namorada, Patrícia Aline dos Santos, em Palmas, em agosto de 2018, foi suspenso por determinação da Justiça do Tocantins. Segundo o juiz Marcelo Eliseu Rostirolla, da 1ª Vara Criminal da Capital, as medidas temporárias e emergenciais de prevenção ao coronavírus inviabilizaram o julgamento.

O acusado deve ir a júri popular. A sessão estava marcada para novembro e foi adiada por causa da pandemia. Sem uma nova data, o juiz optou por suspender todo o processo.

“a realização da sessão de julgamento pelo Tribunal do Júri por vídeo conferência é inviável, tendo em vista a dificuldade de instrumentalizar o comparecimento dos jurados; realização do sorteio; a oitiva das testemunhas; os debates entre as partes; a votação dos quesitos em sala secreta e demais atos que envolvem quantidade elevadas de pessoas. Determino a suspensão do processo enquanto perdurar as medidas temporárias de prevenção e disseminação do coronavírus”, justificou o juiz.

Iury Italu Mendanha segue preso na Cadeia Pública de Barrolândia, onde passa os dias fazendo artesanato com barbantes.

O corpo de Patrícia foi encontrado em um matagal no centro de Palmas – Foto – Arquivo Pessoal

O crime

Patrícia Aline dos Santos foi morte em Palmas em agosto de 2018. O caso acabou ganhando repercussão após a divulgação de mensagem de Patrícia Aline para uma amiga. Ela relatava ter medo do ex-namorado e dizia que ele poderia matá-la. O corpo da jovem foi localizado em um terreno baldio perto de um shopping da capital. A investigação da Polícia Civil aponta que a vítima foi executada por ciúmes.

O ex-namorado ficou foragido por alguns dias após o crime e acabou sendo localizado no interior do estado. Quando foi preso, Iury Italu confessou o assassinato e até deu detalhes de como tudo aconteceu. Um amigo dele que teria ajudado na fuga, Silas Barreiro Borges dos Santos, também chegou a ficar preso, mas não foi a julgamento porque a prisão preventiva durou mais tempo do que a pena máxima possível para o crime pelo qual ele respondia.

Durante o interrogatório na audiência de instrução do caso, Iury Italu confessou novamente o assassinato perante o juiz. Ele disse que não tinha planejado o crime, mas que se descontrolou após Patrícia mostrar uma foto que comprovava uma traição.