Casos de chikungunya aumentam 163% no Tocantins

O número de casos de chikungunya subiu 163% no Tocantins em relação ao ano passado. Dados divulgados pela Secretaria Estadual da Saúde mostram que entre janeiro e maio deste ano foram registrados 3.682 casos confirmados da doença. No ano passado, nesse mesmo período, o número de pessoas diagnosticadas com a doença foi de 1.398. A situação é tão grave que o Ministério da Saúde emitiu uma nota colocando o estado em alerta novamente, junto com Roraima.

Aos 73 anos, o aposentado Eleno Ferreira e a esposa fazem questão de deixar o quintal livre de berçários para o mosquito da dengue. Mas isso não foi suficiente para impedir que ele fosse diagnosticado com chikungunya, doença transmitida pelo Aedes Aegypti, mosquito que também é responsável pela transmissão da dengue e da Zika. “Senti febre, dor e muita canseira. Dor de cabeça e dor nos ossos, principalmente nas juntas dos ombros e das mãos”.

O aposentado mora na região sul de Palmas e conta que não é o único da região a sofrer com a doença. “Por todo lado tem vizinho sofrendo. Estou aqui desse jeito também lutando”, disse.

Mas Palmas não é a cidade com maior número de casos. Segundo a Secretaria de Saúde do Estado, a maior parte foi identificada no extremo norte do Tocantins, região conhecida como bico do papagaio. “Há um mês atrás, fomos ao norte do estado e fortalecemos, oferecendo assessoria técnica para cerca de 24 municípios. Já neste mês de junho vamos atender na região central do estado outros 24 municípios para fortalecer as equipes municipais”, disse o gerente estadual de arboviroses, Evesson Oliveira.

O secretário de saúde Marcos Muzafir acredita que o período chuvoso, que facilita a reprodução do mosquito, é um dos motivos para os resultados negativos no combate à doença. “Nós orientamos a população e cada pessoa deve fazer na sua casa a limpeza semanal dos lugares onde o mosquito pode nascer. O que a gente tem que fazer é evitar que nasça o mosquito. Se o mosquito não nascer, nós não teremos a propagação do Aedes Aegypti e consequentemente menos risco de doenças”.

Fonte: G1 Tocantins