Secretaria de Estado da Saúde e Secretarias Municipais de Saúde estão em alerta para a possível reintrodução do vírus do Sarampo no Tocantins, que desde 2000 não registra nenhum caso da doença. A preocupação dos setores da Saúde é em virtude do registro de epidemia no estado do Amazonas com 9.803 casos confirmados, Pará com 62 casos, Bahia com três casos e Distrito Federal com um registro, todos estados que fazem divisas ou que o Tocantins serve de rota de acesso, que aliado à baixa cobertura de vacinação da população deixa grande parte dos tocantinenses suscetíveis a pegar a doença, que pode levar ao óbito.
A técnica de Doenças Imunopreveníveis da SES/TO, Eliana Ribeiro Oliveira afirmou que a vacina Tríplice Viral utilizada para imunização do sarampo, caxumba e rubéola é a forma mais eficaz de se prevenir contra estas doenças. “A Tríplice Viral está dentro do calendário básico de vacinação, sendo aplicada em crianças com 12 meses e adultos jovens até 29 anos e também na faixa etária de 30 a 49 anos. A vacina e gratuita sendo disponível em todas as unidades Básicas de Saúde e todos podem ter acesso a esta vacina em algum período da vida, facilitando a possibilidade de imunização. A preocupação do Estado está na falta de interesse da população, uma vez que a baixa procura está deixando a população vulnerável ao vírus”, explicou a Eliana.
No Tocantins a cobertura vacinal da tríplice viral em 2018 foi de 83,24%, sendo que o mínimo necessário seria de 95% da população alvo. Eliana informa ainda que o Estado está em constante contato com os municípios para reforçar a busca ativa dos faltosos, principalmente crianças de 01 ano.
Até o momento no Brasil foram registrados surtos de sarampo nos Estados do Amazonas (9.803), Romaima (355), Pará (62), Rio Grande do Sul (46), Rio de Janeiro (19), Sergipe (4), Pernambuco (4), São Paulo (3), Bahia (3), Rondônia (2), Distrito Federal (1). Também já foram confirmados 12 óbitos por sarampo no Brasil.
A Doença
O Sarampo é uma doença infecciosa exantemática aguda (manchas na pele), altamente transmissível e contagiosa, que pode evoluir com complicações e levar ao óbito. A transmissão ocorre de pessoa a pessoa, por meio de secreções respiratórias, no período de quatro a seis dias antes do aparecimento do exantema.