Lucas Eurilio – Gazeta do Cerrado
Dois assessores parlamentares foram alvos de mandados de busca e apreensão, em Araguaína, região norte do Tocantins, nesta sexta-feira, 20. Segundo as informações a Secretaria de Segurança Pública (SSP), a suspeita é de que ambos sejam funcionários fantasmas e receberam sem trabalhar.
Conforme o delegado Bruno Boaventura, responsável pelas investigações, um dos suspeitos foi nomeado ainda em 2016, e apesar de trabalhar em Araguaína como segurança em alguns estabelecimentos, recebe R$ 3.8 mil da Assembleia Legislativa do Tocantins.
O delegado disse ainda que o segundo investigado já foi parlamentar no município e recebe desde 2015 salários de R$ 3.350 mil. Eles ainda não tiveram os nomes divulgados.
“Em ambos os casos, os suspeitos não conseguiram provar que exercem atividade de assessoramento parlamentar. Em uma das residências, encontramos um documento semelhante a um relatório de atividades a ser encaminhado à Assembleia Legislativa, porém o documento estava em branco”, ressaltou o delegado.
O delegado ressaltou ainda que, de acorco com análises feitas em documentos e dispositivos eletrônicos que foram apreendidos durante a ação, os suspeitos serão intimados para depor.
Os mandados de busca e apreensão, assim como as investigações, fazem parte da Operação Catarse, que investiga a existência de funcionários fantasmas no Executivo e Legislativo do Tocantins.
O outro lado
Nossa equipe entreou em contato com a Assembleia Legislativa e aguarda um posicionamento da Casa de Leis sobre o assunto.