Assistindo o vídeo promo da edição de setembro da Vogue (a mais importante do ano!) da modelo-celebridade Kendall Jenner (capa super merecida) eu fiquei enlouquecida com a música que toca como trilha.

Fui procurar na internet empolgadíssima torcendo pra não ser um trabalho criado especialmente pra divulgação e surpresa! Acabei descobrindo a canção ‘This Girl’ que o DJ francês Kungs fez em parceria com o trio australiano de funk Cookin’ on 3 Burners que eu não fazia ideia que existia.

O que eu mais gostei na música foi a pegada 70’s que ela tem. Se tem uma década que eu sou apaixonada é essa. Na hora que eu ouvi senti muito isso e depois que fui ler sobre o single tive certeza. Apesar de super recente e dançante com produção eletrônica delícia, a canção tem aquele ar antigo, aquele vocal oldschool, aquele metal que lembra tanto o funk da década de setenta, porééééém, totalmente repaginado e atual.

É mais ou menos isso que acontece com a moda hoje em dia. Apesar de todo mundo falar de novidades e tendências e coisas que você precisa usar porque desfilaram na última semana de moda de Paris, muitas vezes as coleções vem carregadas de lembranças fortes do passado. Você termina de ver o desfile e fica com a impressão de ‘eu já vi isso em algum lugar…’. A verdade é que literal ou não, revisitar o que funcionou sempre é uma tática certeira né?

E é por isso que eu amo o vintage. Quando a gente consegue resgatar o passado, ou quando a gente consegue manter aquela excelente relação com ele, fica fácil entender tudo que está acontecendo atualmente, tanto no mundo do entretenimento, quanto da moda! Tudo é um ciclo, afinal!

Outro exemplo desse amor pelo que já se foi é a nova coleção que a revista Elle BR está lançando em parceria com a fast-fashion C&A. São sete vestidos e algumas t-shirts que representam sete décadas na história da moda. Começando nos anos 40 chegando à atualidade, os vestidos pretos personificam tudo aquilo que foi clássico e hit certeiro em cada um dos momentos em que foram criados. A cintura marcada dos anos 40, a feminilidade dos anos 50, o tubinho 60’s, a clássica liberdade dos anos 70 e por aí vai.

Porém, vamos lembrar, referências só são válidas quando são conhecidas. Se a gente não sabe reconhecer a vibe setentista funk na música eletrônica lançada esse ano ou a naftalina numa peça minimalista com fenda total anos 90 tudo vai passar batido.

Por isso, meus queridinhos, a dica de hoje é: se você ainda não mergulhou no passado e abriu sua cabeça, não tem problema! Ainda há tempo! Afinal, ninguém tá onde tá sem conhecimento e reflexão do que ficou pra trás. E mais, se fez sentido e sucesso em algum momento da história é porque foi BOM DE VERDADE. E pode ter certeza que quem tá no presente sempre vai reconhecer uma verdadeira obra de arte. Christian Dior, Cher, Coco Chanel, Donna Summer são criadores cujas criaturas nunca serão (e nem devem!) ser esquecidas!

Dica dada, dica aprendida, eu termino com a máxima: ‘se joga no vintage que nunca tem erro’. (acabei de inventar).

Pra ler ouvindo: https://www.youtube.com/watch?v=2Y6Nne8RvaA